quinta-feira, 28 de junho de 2012

SOU COMPONENTE - com Marlon Barros

"A Bela Vista chegou.... 
É Carnaval
O povo todo aplaudiu, Estremeceu sacudiu
Sou Vai-Vai sou imortal"
Trecho do samba: "Eu também sou imortal" de 2005

Um grupo que foi o verdadeiro cartão de visitas da escola de samba Vai Vai em São Paulo, chamado de Pitbulls, esteve à frente da escola por 12 anos. Juntos escreveram uma história cheia de vitórias, alegrias e muita amizade. Imortalizaram-se na história do carnaval paulista e nos carnavais do vitorioso Vai Vai.

Os Pitbulls

“Reportagem exibida dia, 21 de Fevereiro de 2004, Diário de São Paulo. ( foto do jornal ).”

  Eles não são agressivos nem ferozes, mas a presença dos "Pitbulls" da Vai -Vai impõe respeito na passarela do samba. Composto por 17 rapazes negros com idade entre 19 e 40 anos, porte atlético e altura superior a 1,90 metro, o grupo forma a comissão de frente da escola de samba do Bexiga e coleciona prêmios, entre eles dois títulos do Troféu Nota 10, promovido pelo DIÁRIO.
O grupo foi formado há oito anos por Chico Spinosa, que era carnavalesco da Vai-Vai na época. "Para o carnaval de 1997, a comissão de frente representava os anjos protetores do garimpo. Então, ele pediu que fosse formada por negros de porte avantajado", explica o coordenador e coreógrafo "Pitbulls"Jairo Pollicarpo, de 40 ano, que exibe plena forma em seu 1,94 metros de altura e 88 quilos.
Com o sucesso conquistado na época, a escola decidiu manter o mesmo time em sua comissão de frente e a comunidade acabou batizando os rapazes de  “Pitbulls". "O pessoal via 17 negrões com quase dois metros e ficava assustado", brinca o coreógrafo. Da formação original, apenas cinco integrantes continuaram na escola, enquanto os demais seguiram outros rumos. Hoje além de exercerem uma atividade profissional, eles dividem seu tempo em eventos particulares e dentro da comunidade da Vai-Vai."Temos seguranças, administrativos, de tudo. Eu, por exemplo, trabalho com seguros e sou professor de inglês", diz o coordenador."Mas fazemos festa de debutante a enterro de sogra", complementa o "Pitbull" Anderson Estevam.




Decidimos então homenagear essa importante comissão através de um bate papo emocionante com o componente e ex-pitbull Osvaldo Marlon de Barros.
O prefixo ex foi incluído a pedido de Tatiana, esposa de Marlon, só pra deixar claro que o rapaz não anda mordendo fora do quintal, afinal, o grupo fazia muito sucesso com as mulheres.



CF - Como surgiu a paixão pelas escolas de samba e pelas comissões de frente?
- Sofri uma grande influência de minha mãe, Dona Ofélia (in memória). Ela gostava de assistir aos desfiles das escolas de samba, na Av. Tiradentes em São Paulo, antigo lugar dos desfiles em meados dos anos 80. Com mais ou menos 6 anos, eu não entendia porque as pessoas adoravam aquela barulheira toda da bateria e preferia o silêncio e os movimentos sincronizados da comissão de frente.

CF - Quando e como foi à estréia em comissões?

- Em 1996, servia as forças armadas, e não havia muito tempo para divertimento, só me restavam os ensaios do Vai-Vai aos domingos, minha escola de coração, foi quando ouvi anunciar que a escola estaria fazendo uma seleção para comissão de frente, com negros altos. No inicio da seleção éramos 36, ficando apenas 12, e eu um dos selecionados.

CF - Quais os horários, como eram os ensaios e o processo de criação?

- Os horários de ensaios eram noturnos, nossa coreógrafa e bailarina, Elena Lourenzzone, era muito rígida. Os ensaios eram realizados todos os dias da semana e quem faltasse a 2 ensaios consecutivos estava fora. Os vizinhos não entendiam o que aqueles negrões, daquele tamanho faziam em um balé todos os dias e a nossa coreógrafa achava que nós já éramos bailarinos. Depois dos ensaios diários, saía de lá com saudades da educação física do quartel, que era mais suave.(risos)

CF - Qual foi o desfile mais marcante?

- Tivemos alguns desfiles marcantes, outros nem tanto, e outros para esquecer. Cada componente possui o seu preferido, posso lhe mencionar 3. O primeiro, em 1997 em que representávamos “Os  Anjos protetores do Garimpo de Minas Gerais ", também em 1999 " Nostradamus " e em 2005 " Caos ", Neste sim tínhamos a certeza que o trabalho havia sido executado, as pessoas nas arquibancadas mostraram isso para nós.

CF - E o momento mais difícil?

- O momento mais difícil foi quando o grupo todo decidiu, que por fofocas, guerras de vaidades e interesses pessoais, não nossos, mas de outras pessoas e determinados setores da escola. Estávamos colocando um ponto final na nossa história de 12 anos de luta, garra e dificuldades, sem cobrar um centavo da escola, fazíamos por amor ao nosso pavilhão, isso machucou muito.

Uma vez Vai Vai, sempre Vai Vai.

CF - Vocês são responsáveis por pontos preciosos da escola. O tempo de ensaio é longo, mas o nervosismo e a tensão são inevitáveis. Como funcionava a concentração para o desfile?

- No dia do desfile era feito uma concentração em um determinado local, ou até mesmo um almoço patrocinado pela escola. Passávamos o dia inteiro juntos concentrados até o horário do desfile, evitando assim, atrasos, bebedeiras e estresses desnecessários.

CF - Você tem algum ritual antes de entrar na avenida?
- O tradicional a todos é rezar e pisar com o pé direito ao ultrapassar a faixa amarela.

CF - Você fez parte de um grupo que se manteve unido por 12 anos. Como foi esse período?

- Um período ótimo, memorável, eu posso estar enganado, mas acho difícil nos dias de hoje, aparecer um grupo igual aquele. A sintonia era enorme, combinávamos roupas, horários, se levaríamos as respectivas (esposas), entrávamos no ensaio da escola todos juntos, fazíamos festa de todos os tipos e apresentações com a escola. A vestimenta não se repetia, se fôssemos convidados para dois ou mais eventos no mesmo dia, íamos a cada evento como uma roupa diferente. O segredo? Ninguém era melhor que ninguém, cada componente sabia da sua importância dentro do grupo e respeitava o espaço do outro, sem estrelismo, isso foi o segredo para o grupo ser tão unido. Humildade de cada componente.

CF - Até que ponto, o fato de estarem juntos por tanto tempo influenciava no trabalho do grupo?

- Era muito bom de trabalhar, por que cada um sabia da dificuldade e qualidade de cada um, quando se montava uma nova coreografia, quase que automaticamente as posições iam sendo assumidas por componentes que já tinham aquela função, isso facilitava muito nas montagens das coreografias, por isso que com o decorrer do tempo não precisávamos ensaiar tantos dias, nem tantas horas.

CF - Qual o melhor coreógrafo em sua opinião? Por quê?

 - Essa é uma pergunta fácil de responder: Fábio de Mello. Quando a comissão de frente passava a não usar mais a velha guarda, que desfilava cumprimentando as pessoas nas arquibancadas aqui em São Paulo, Fábio de Mello já fazia história com comissões espetaculares na Imperatriz Leopoldinense, no Rio de Janeiro. Ele serviu de exemplo para muitos coreógrafos que hoje são considerados Top. Quem fala que nunca assistiu, acompanhou ou ouviu falar de Fabio de Mello, não sabe o que representa uma comissão de frente, não serve para ser coreógrafo, principalmente aqui em São Paulo, onde a comissão de frente não é reconhecida como se deveria, e quem é integrante sabe muito bem o que estou falando.

CF - O seu grupo viajou junto? Para onde? Como foi?

- Fomos em 2001 para Rússia, apenas 3 componentes (Jairo, Cardial e eu). Uma experiência inesquecível! Houve um carnaval em que foram chamados alguns países para mostrar suas culturas. Chegando lá, fomos recomendados a andar uniformizados, sempre juntos e sem roupas que expusessem o corpo e seguimos isso a risca, até que ao passear em um parque em pleno verão, presenciamos a grande maioria das meninas tomando sol, mas para se bronzear melhor elas estavam só com a parte de baixo (top less)... Depois desse fato a Rússia conheceu o Brasil e conheceu a Vai -Vai, até ensaio da bateria teve na porta do hotel. (risos)

CF - Que comissão você considera a mais marcante de todas?

- Tenho um número muito grande de comissões, posso citar de 5 á 10, mas para mim, Os Pássaros em 1998 da Imperatriz Leopoldinense. Sempre que posso estou relembrando: movimentos suaves, fantasias leves, coreografia simples e perfeita e o conjunto de toda essa simplicidade, foi mais um espetáculo de Fábio de Mello.

CF - Descreva os desfiles que participou, colocando o ano, coreógrafo, escola...

- Participei de desfiles de 97 a 2007, ficando de fora em 1999 e 2006. Coreógrafos não foram muitos. Elena Lorenzzone, Márcio e Jairo Pollicarpo que deixou de ser componente e começou assinar a coreografia.

CF - Como é a relação com a escola e com a comunidade?

- Graças a Deus e ao nosso desempenho não só na avenida, mas em eventos e ensaios que participávamos, tínhamos um relacionamento muito amigável com o público de todas as idades, de todos os setores e inclusive fomos homenageados em 2001, pelos compositores ( Zeca do Cavaco, Zé Carlinho, Nayo Denay e Ronaldinho FDQ) com um alusivo no Samba enredo deste mesmo ano.

" Nossa comissão de frente, elo forte da corrente, a luz do meu cantar "
                                                                                 Trecho do samba alusivo em homenagem ao grupo

E tinhamos também uma parceria com a comissão de frente do Camisa, inclusive fizemos um jogo de futebol juntando as duas comissões, onde o resultado não poderia ser melhor: 6x6. Saudades... E a comissão de frente da Unidos de Vila Maria, jogamos 2 partidas de basquete, cada escola vencendo uma.

CF - E como foi a separação do grupo em 2007?

- No final de 2007 início de 2008, a Diretoria, com a intromissão de algumas pessoas influentes da escola, decidiram que alguns elementos de nosso grupo não teriam mais capacidade técnica para estarem no grupo, alegando que o próximo trabalho iria exigir mais do que eles poderiam dar. A informação nos causou uma surpresa, porém aceitamos de momento. Um grupo com 18 pessoas na época, sempre trouxe suas notas, deveria ser dizimado? Nossas decisões eram tomadas sempre em votação, sendo assim de comum acordo, entregamos nosso posto à escola para que fosse montado um novo grupo com os requisitos exigidos pela mesma.

CF - Impossível não falar sobre a confusão que aconteceu durante a apuração deste ano e o pior é que a confusão aconteceu exatamente durante a leitura das notas de comissão de frente.  Como vc recebeu essas notícias? 

- Desde 2007 não desfilamos mais, sendo assim, me coloco no lugar de quem desfilou e não soube qual foi o resultado do seu trabalho. Este ano tivemos comissões impactantes, diferentes, com certeza o ensaio foi árduo, demorado, longe da família e até com brigas conjugais por conta disso (eu sei bem como é). E na hora de você saber o resultado da luta, de todas as dificuldades que você passou, aparece um sambeiro (por que não se pode chamar de sambista) e rasga toda e qualquer possibilidade de se avaliar o seu trabalho. Ficou muito feio e barato para o carnaval de São Paulo, lamentável.

CF - E as expectativas para o próximo ano?

  Hoje na posição de telespectador, espero grandes carnavais, grandes comissões, originalidade, algo de encher os olhos... As pessoas assim como eu, esperam que as últimas imagens do carnaval, sejam excluídas de vez da história, que ele volte a ser uma festa popular como era antigamente. Hoje se você não tem ingresso, não ultrapassa nem a barreira do segundo quarteirão no local do desfile, não se assiste mais da ponte, porque coloca-se um muro. O carnaval virou um comercio a céu aberto, onde quem tem dinheiro samba, quem não tem dança.

CF - Fique a vontade para nos dizer o que quiser. Contar curiosidades, fatos marcantes... Este espaço é liberado para que conte a sua história.

Polêmica

  A opção por continuar com um elenco exclusivamente de negros atléticos na comissão de frente, criou problemas fora da escola. Não foram poucas as acusações de racismo e preconceito. "Deixamos condições (ser negro e forte) bem claras. Acho que existe muita hipocrisia por ai e criamos polêmica justamente por não sermos hipócritas", comentou Pollicarpo. "Sempre estivermos do outro lado, sendo discriminados para preencher vagas de trabalho por sermos negros sem que isso fosse dito"menta o coordenador do grupo.
Além da parte estética, Pollicarpo acredita haver uma coerência em se manter os critérios de seleção. "O carnaval é essencialmente negro, isso não dá para negar", justifica. Segundo ele, a Vai-Vai é a escola com maior número de componentes negros. Do total de 4.500 integrantes, eles seriam cerca de 70%. Outro quesito importante na seleção é ser " virgem no carnaval, ou seja, nunca ter integrado nenhuma outra agremiação.
Por formarem um grupo coeso e premiado, os "Pitbulls", inicialmente, geraram certa ciumeira dentro da agremiação. Mas, segundo Pollicarpo, com o tempo essas diversas divergências foram superadas e eles ganharam prestígio e respeito dentro e fora da Vai-Vai, sendo considerados, um de seus principais cartões de visita. "Pará nós, o carnaval é uma festa popular. Temos o público como nosso alvo. Os prêmios são apenas uma conseqüência disso", enfatiza Pollicarpo.
Reportagem: Tadeu Brunelli

Assédio

O porte atlético e a presença na passarela, além de chamar a atenção dos jurados, faz sucesso com um público específico: as mulheres. Não há "Pitbull" que não tenha uma boa história de assédio feminino para contar. "Acontece muita coisa, desde beliscão no bumbum a jogar o telefone no bolso da gente. E tem até proposta bem indecente", conta o coreógrafo do grupo, sem dar nomes nem maiores detalhes."Uma vez, em um ensaio, uma mulher de idade agarrou um de nós e já perguntou se tinha programa para mais tarde", entregou Alexandre." Tem algumas que chamam até dois ou três de uma só vez", conta Pollicarpo. E vocês aceitam ? É melhor não responder: As nossas namoradas podem ler a matéria", brinca o coreógrafo.
Reportagem: Tadeu Brunelli

Segredo quardado a 7 chaves:

  Em 1999, a fantasia da comissão de frente não foi testada, como a maioria das vezes, chegou à horas do desfile. Ao fazer o teste, eis a surpresa, o encaixe macho e fêmea do costeiro, asas de morcegos eram completamente diferentes, não se encaixavam, foi à maior tristeza, dava para ver no semblante de cada componente, aí o Sr. Chico Spinozza pediu um minuto de silêncio, para pensar.

 Passado um certo tempo, ele desceu do seu escritório e começou a recortar os sacos plásticos que cobriam os carros alegóricos, que haviam sobrado no barracão, como se fossem uma capa de bruxo, recortou algumas estrelas de papel brilhante colou no plástico e fomos para avenida.

  No final do desfile, apesar da boa apresentação, todos preocupados com a capa feita de saco plástico, o que iria acontecer? O que os jurados iam pensar? Como o público reagiu? A nossa maior surpresa foi quando fomos para a arquibancada assistir o restante dos desfiles e alguns foliões e componentes de outras escolas vieram nos cumprimentar pelo belo desfile e perguntar o que a gente ia fazer com aquela capa de couro depois do carnaval. Capa de couro? (risos) Ganhamos o carnaval e o prêmio de melhor comissão de frente, esse segredo foi guardado a 7 chaves.


Agradecimentos:

A Deus primeiramente. a minha esposa Tatiana que me vez valorizar e enxergar os reais valores da vida, ao qual eu não tinha enxergando. A comunidade da Vai-Vai, pelo carinho e respeito que tiveram com nosso trabalho todos esses anos. Aos amigos que o samba me trouxe e continuam comigo, independente das diferentes agremiações. Sabá ( Ex Coreografo e Componente da Gaviões e da Camisa ) seu filho Júnior (possuem um acervo de desfiles memoráveis do Rio e São Paulo), Sandra, Edgar, Igor, Fábio, Didi, comissão de frente Camisa, Vila Maria, Rosas, etc...
Para os "Pitbulls”: Jairo Pollicarpo, Robson Cardial, Reinaldo de Paula, Alexandre, Sobrinho, Victor, 2 Pac, Cebolinha, Elder, Anderson Esteves, Boi, Hamilton, Cleiton, Luciano, Kênia, Cleiton, Rodney, + preto, Novato, Alcides, Batatinha, Rocha 1 e Rocha 2, Lê Love, Jerry, Sidney (in memória), Betão, Flávio, Denilson, Santoro, Bob, Sérgio, Igor, Maicom, Ive Mesquita e Néia, se esqueci de alguém me desculpe, afinal, foram 12 anos... a memória é falha.

Meus amigos mudam- se as paisagens os amigos não, obrigado por vocês fazerem parte da história da minha vida, sorrimos juntos, cantamos juntos, brigamos juntos como uma família, que nós éramos. Poucas pessoas irão entender o que nós fazíamos pelo nosso pavilhão. Amigos, o Vai-Vai nos deu muitas coisas... para alguns, assim como eu, um amor, uma família, um lar e amigos. Se hoje não fazemos parte do presente, ontem fizemos. Não existe futuro sem o presente, não existe presente sem passado e se é passado não pode ser apagado, por isso, vira história. Sendo assim, somos parte da história e isso é o que importa. Amo vocês!

Homenagem da amiga Jéssica à Marlon e aos Pitbull's:


Os Pitbull's em ação!
1997
ENREDO: "Liberdade ainda que Vai-Vai"


1998
ENREDO: "Banzai! Vai-Vai"


1999
ENREDO: "Nostradamus"

2000
ENREDO: "Vai Vai Brasil"

2001
ENREDO: "O caminho da luz, A paz universal"

2002
ENREDO: "O número 7"

2003
ENREDO: "Entre Marchas, Galopes e Cavalgadas"

2004
ENREDO: "Quer conhecer São Paulo? Vem pro Bixiga pra ver..."

2005
ENREDO: "Eu também sou imortal"

2006
ENREDO: "São Vicente, aqui começou o Brasil"

2007
ENREDO: "O 4° Reino, O Reino do Absurdo"

A nossa homenagem:
 

Quem vive intensamente a emoção do carnaval e a magia das escolas de samba sabe o quanto é difícil descrever essa paixão. Um grupo de homens negros, altos e fortes intitulados de Pitbulls, animais de caça e defesa, agiam exatamente desta forma à frente do Vai Vai. Aliás, eles não só defendiam um quesito, defendiam o pavilhão da escola da Bela Vista com garra e determinação. Juntos, fortes e unidos formaram uma massa indivisível de carinho, respeito e responsabilidade... Uma família. Com seus problemas, seus conflitos, seus momentos de alegria e dor, de êxtase e cansaço, de derrotas e vitórias... como toda grande e boa FAMÍLIA.

Hoje os rumos destes rapazes são outros, cada um seguiu o seu caminho e o carnaval passou a ser visto por outro ângulo, mas na memória e no coração de todos eles, a lembrança de anos de muita alegria e o sentimento de dever cumprido.

Uma vez comissão de frente sempre comissão de frente!

À vocês o nosso agradecimento pelos anos de dedicação e contribuição para as queridas escolas de samba. Valeu!

2 comentários:

  1. Sou Vai-Vai desde criança, para mim essa foi a melhor comissão de frente, precisamos de profissionais como esses, que fazem por amor e não pelo dinheiro.
    Cristina Vai-Vai

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  2. kkkkkkk comentar o que... já foi dito tudo. tenho muitas lembraças guardada em minha memoria... vou levar comigo pra vida toda.. eu posso dizer, fiz parte desta fámilia... fiz amigos. tive amores, meus filhos. que os amo mais doque tudo neste mundo...sou feliz. digo obrigado, obrigado e mais uma vez obrigado.
    obs. Fui o ultimos dos moicanos, estava até ontem com uma ala, NAÇÃO ALVI NEGRA... mas como tudo na vida, é hora de para!!!e fica com as lembranças. tentei plantar um pouco doque eramos no tempo de "COMISSÃO DE FRENTE" , e consegui: Isso me deixa muito feliz. em fim!!! um forte abraço no coração de todos...
    Luciano Oliveira. cabeleireiro das estrelas. rsrs...

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