segunda-feira, 30 de abril de 2012

QUE EMOÇÃO! - Com Lucas Martinelli - Tijuca 2012

Lucas Martinelli é integrante da comissão de frente da Unidos da Tijuca. A comissão show mais conhecida do carnaval carioca. E foi numa de suas viagens que Lucas viveu uma história de pura emoção... 
E é isso que ele nos conta a seguir.


"Essa foto merece destaque e uma legenda explicativa, pois foi uma das histórias mais incríveis que já passei. Fomos fazer um desfile em Volta Redonda após ganharmos o título desse ano! A emoção é indescritível! As pessoas valorizam muito o trabalho da escola como um todo, e da nossa comissão em especial! Pois bem, desfile feito, voltamos pra tenda onde tinha sido armado o nosso camarim pra nos arrumarmos pra virmos embora. O Victor, por sua vez, acabou de se arrumar antes e saiu mais cedo do camarim. Quando ele chegou do lado de fora, havia um casal de primos, ela de 14 anos e ele de 10 esperando com uma câmera na mão. Eles disseram que estavam ali parados desde o fim do desfile (que já tinha terminado fazia um tempo considerável!!!) e que a tia estava esperando por eles para irem embora logo, pois moravam longe. Eles pediram pra que ela esperasse, pois o sonho deles era tirar uma foto com a Comissão (fofos demais!!!). Por fim o Victor os trouxe para dentro do camarim, e quando entraram ambos começaram a chorar de emoção. Poucas vezes na vida eu fiquei tão emocionado com algo, como foi com aquelas duas crianças. Não tem preço que pague saber que algo tão simples se torna tão importante para algumas pessoas! Isso faz todos os meses de ensaio valerem muuuuuiito!!! Tiramos a foto, a qual eles se localizam dentro das molas, e no final nós que estávamos chorando, rs. Bom, só quis compartilhar essa história incrível!"

NOSSA HISTÓRIA - Vila Isabel 1988

ENREDO: "Kizomba, festa da raça"

domingo, 29 de abril de 2012

CARNAVAL 2013 - Márcio Moura é o novo coreógrafo da Porto da Pedra

SRZD CARNAVAL - A assessoria de imprensa da escola de samba Porto da Pedra informou com exclusividade ao SRZD-Carnaval que o coreógrafo, Márcio Moura, é o mais novo integrante da família Tigre.

Ele, que já passou pela vermelha e branca retorna agora em um novo momento da agremiação, pois, a escola de São Gonçalo desfilará pelo Grupo de Acesso A, no Carnaval de 2013.

Márcio Moura, que também comanda a comissão de frente da Portela, já passou por grandes agremiações como Viradouro, Rocinha, Caprichosos de Pilares, Império Serrano, Mocidade e São Clemente.

Comissões de frente 2012 - Grupo de Acesso B

Unidos da Vila Santa Tereza
ENREDO: "A Vila na Magia dos brinquedos"
COREÓGRAFO: Handerson Big
 

União de Jacarepaguá
ENREDO:  "O pequeno grande rei"
COREÓGRAFO: Márcio Vieira
 


Sereno de Campo Grande
ENREDO:  "Mistérios e magias no sereno da noite"
COREÓGRAFO: David Lima
 

Alegria da Zona Sul
ENREDO: "Os Saltimbancos'
COREÓGRAFO: Renata Monnier
 

 Arranco do Engenho de Dentro
ENREDO: "Nasceu... balançou, dançou!"
COREÓGRAFO: Fabiane Cavalcante

 

União do Parque Curicica
ENREDO:  "As cartas não mentem jamais" 
COREÓGRAFO: Diogo Villa Maior
 

Mocidade de Vicente de Carvalho
ENREDO: Caruaú, a Princesinha do Nordeste
COREÓGRAFO: (?)

Tradição
ENREDO:  "ZIRALDO : Páginas de uma vida de um maluco genial!"
COREÓGRAFOS: Daniel Dan Dan e Tom Barros
 

Caprichosos de Pilares
ENREDO:   "A Caprichosos faz o seu papel... Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima!"
 COREÓGRAFO: Marcio Moura
 

Unidos de Padre Miguel
ENREDO:  "Arte - Um universo fascinante"
COREÓGRAFO: Carlos Motta

Difícil é o Nome
 ENREDO: “Flor de lis - Símbolo universal! Hoje se faz presente no nosso carnaval"
COREÓGRAFO: Ricardo
 

NOSSA HISTÓRIA - Beija flor 1986

ENREDO: "O mundo é uma bola"

BASTIDORES - Difícil é o Nome 2011

ENREDO: "Anniversarius! Dies Sollemnis Natalis!"
COREÓGRAFO: Ricardo
COORDENADORA: Cecilia.
COMPONENTES: Thyago, Alexandre, Carlos, Diego, Rodrigo, Enio, Rodolfo, Tarcio, Ney, Jeferson, Rogerio, Théo, David e Ivan. 

Apresentação do grupo na quadra da escola:
 

Desfile oficial:

sábado, 28 de abril de 2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Enquete.

Nosso blog está perguntando "QUAL O MAIOR COREÓGRAFO DE COMISSÃO DE FRENTE?"
Quero esclarecer que o blog é completamente imparcial, não temos preferências. O fato de apenas 4 coreógrafos estarem na enquete é única e exclusivamente por conta de uma pesquisa realizada anteriormente, revelando quais foram as comissões mais marcantes da avenida desde 84.
Também acho que outros coreógrafos deveriam estar ali, porém preciso ser fiel ao resultado da pesquisa, que levou em consideração matérias na imprensa, prêmios e opiniões, além das notas.
A idéia é que o blog seja construído com a ajuda de todos e se torne mais uma ferramenta de preservação da história deste segmento e das escolas. Por isso mesmo, podemos realizar muitas outras enquetes levando em consideração a opinião de todos. Aliás, seria ótimo!
Sendo assim, a nossa próxima enquete vai escolher qual a melhor comissão. E queremos contar com a sua opinião na escolha das opções. Esperamos vcs!

SOU COMPONENTE - Luciano Tinoco

"O amor está dentro de nós
Na paz, na voz do coração..."
(trecho do samba da Viradouro 2011)

Luciano Tinoco, engenheiro civil, 28 anos, doze dedicados ao carnaval... 
Em tempos de profissionalização da festa, onde bailarinos, circenses, acrobatas estão assumindo a cada vez mais um lugar de destaque nas comissões de frente, pessoas como Luciano chamam a atenção pelo amor às escolas, em especial pela sua Viradouro. E não tem pudor em dizer que para ele "carnaval é puro hobby, válvula de escape..." 

No início era apenas mais um folião dos desfiles, saía como passista e em alas, porém, em 2005 começou a desfilar em carros alegóricos coreografados, lugar onde conheceu alguns integrantes de comissões de frente, despertando assim o seu interesse pelo quesito. Em 2007, convidado pelo amigo Bira Madureira, foi fazer um teste para a comissão da Acadêmicos da Rocinha. Nem preciso dizer que ele foi aprovado e fez a sua estréia pelas mãos cuidadosas da coreógrafa Luciana Yegros.

"O trabalho foi extremamente bacana, os ensaios idem... abriríamos o carnaval daquele ano.Minha lembrança mais marcante foi que quase chegando no primeiro julgador, tinha um certo momento em que olhávamos para as arquibancadas... e na hora que olhei pro setor 3, vi de cara e na grade meu pai me olhando, com um super sorrisão e aplaudindo... Foi sem dúvida alguma o momento mais incrível que tive desse desfile!"

No ano seguinte, a Rocinha levou pra avenida o enredo  "Rocinha, minha Vida... Nordeste, minha História" marcando estréia "solo" do carnavalesco Fábio Ricardo como carnavalesco.

"A roupa era bem quente e pesada e com a chuva ficou um 'pouco' mais pesada... rs... Mas a garra dos componentes, a força de cada um, fez com que a gente conseguisse o vice campeonato do grupo de acesso e com notas máximas no quesito."

Em 2009, ano do campeonato da União da Ilha no Grupo de Acesso, Luciano seria integrante da comissão, mas em dezembro do ano anterior problemas pessoais o impediram de fazer parte da coreografia. "Desfilei como apoio, vendo os meninos darem um show na avenida com os aviõezinhos de papel!" Neste mesmo ano, desfilou na comissão da União de Jacarepaguá, coreografada pelo grande amigo, Handerson Lopes (o Big) . "...Foram poucos ensaios, mas intensos." As duas comissões ganharam prêmios: o Plumas e Paetês (Ilha) e Jorge Lafond (U. de Jacarepaguá).

"Voltou, a União voltou..." 
A União da Ilha retorna ao Grupo Especial em 2010 e o grupo de Lu Yegros vai pra avenida representando  toureiros no enredo em homenagem a Dom Quixote.

"Ensaiávamos sempre na Casa de Espanha (Humaitá) e na quadra da escola. A recepção que a comunidade tinha conosco era algo assustador. Era algo incrível dentro da quadra e o desfile foi de uma emoção absurda! Um dos desfiles mais incríveis que já pude participar."

Em 2011, Luciano Tinoco respira novos ares ao lado do renomado coreógrafo Fábio de Mello que estreava na Viradouro.

"Os momentos mais incríveis foram na entrada da escola, em que vínhamos com uma força e imponência absurdas e nos jurados quando tirávamos o capacete (éramos astronautas), debaixo representávamos pacifistas, líderes da paz pelo mundo. Representei o Dali Lama, tive que raspar a cabeça, mas foi muito bom poder ajudar mais uma vez minha escola de coração."

Já em 2012, o ano não poderia ser melhor. Yegros, amiga pessoal e companheira de avenida de longa data, foi contratada pela Viradouro. E para completar, a coreógrafa convidou Luciano para assumir a coordenação do grupo.

"Começamos a fazer testes em setembro de 2011. Em outubrocomeçamos efetivamente os ensaios. No início ensaiávamos 2 vezes por semana (aos sábados numa academia em Niterói e às quartas na quadra da escola). Depois intensificamos o trabalho até começarmos a ensaiar 5 vezes por semana e nas madrugadas na Sapucaí, mesmo com obras... rs... O processo de criação foi feito com base nos contos e crônicas do Nelson Rodrigues, leituras de obras, vídeos, com uma visão lúdica do seu trabalho e tentamos transportar para um cotidiano atual todo seu universo. 
   Em maio já começávamos a pensar nas idéias do que poderíamos tratar na avenida do universo 'rodrigueano'. Difícil de carnavalizar, mas que sempre tinha muito conteúdo e essência. Participei efetivamente de toda criação da idéia e foi lindo demais ver tudo que havíamos projetado na avenida."


E a concentração para o desfile?

" A própria palavra já diz: CONCENTRAR! É o momento de total tranquilidade, focar realmente no trabalho, na ideia e meio que 'esquecer' o mundo lá fora... Trabalhar o psicológico é sem dúvida o mais importante... mais importante do que pensar em resultado. Se a cabeça do componente estiver legal, o resultado também é satisfatório. Bebo bastante água e me isolo em algum canto na esquina da Sapucaí e rezo, pedindo proteção e zelo à Deus e ao nosso anjo da guarda."


Luciano acha as inovações do quesito essenciais e válidas.

"...carnaval é uma porta aberta para cultura popular, um grande espetáculo a céu aberto e acho válido buscarmos novas soluções, novos desenhos, novas idéias e apresentar um trabalho interessante pro público e pra agremiação que a gente representa, que a gente abre caminho."


Quanto aos tripés... "Eu particularmente não curto muito quando se trata de um tripé gratuito, que só 'esconde' a entrada da escola... acho que tudo tem que ter conceito e não jogado."


Quando perguntado sobre que comissão de frente acha a mais marcante, Luciano fica com o trabalho de Fábio de Melo na Mocidade em 2008. "O que parecia ser simples emocionou toda a Sapucaí e pra mim figura como a melhor de todas até hoje." Mas na hora de escolher o melhor coreógrafo, não poupa elogios a amiga Luciana Yegros.

"Lu Yegros! Uma das pessoas mais incríveis, no que diz respeito à cabeça, criatividade e coração... Acho que nisso tudo ela se completa e se torna uma das grandes profissionais do meio! É o conjunto da obra que ao meu ver faz dela a grande profissional que é." 


Luciano Tinoco e suas comissões:

Rocinha 2007

Rocinha 2008

União da Ilha 2009

União de Jacarepaguá 2009


União da Ilha 2010

Viradouro 2011

Viradouro 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

CARNAVAL 2013 - Hélio Bejani é o novo coreógrafo da Caprichosos de Pilares


SRZD CARNAVAL - Por Bernardo Moura

O coreógrafo da comissão de frente do Acadêmicos do Salgueiro agora também está à frente da comissão da Caprichosos de Pilares. O contrato que foi assinado na noite da última terça-feira vai dar ao experiente coreógrafo da vermelha e branca a pisar pela primeira vez a trabalho no sábado de carnaval. Hélio Bejani conversou com o SRZD-Carnaval sobre seu desafio.

Hélio contou que sempre ouviu falar da Caprichosos de Pilares e que conversou com a presidente Regina Celi, do Salgueiro, e sua equipe para ver se ia aceitar ou não a proposta da azul e branca.

"Na verdade, me chamaram para conversar há um mês, mas o contrato só foi assinado ontem. O presidente me apresentou a proposta de resgate da escola e achei bem bacana. Conversei com a minha equipe, conversei com a presidente Regina Celi e ela me apoiou e sabe da responsabilidade. Então, me senti à vontade para aceitar", disse.

Falando em equipe, o coreógrafo destacou que sem ela, não seria nada. A maturidade de seu trabalho não poderia ser atingida se ele não estivesse seguro das pessoas que trabalham com ele. Daí, ele e seu time irão levar seu estilo e forma de trabalho pela primeira vez numa escola do Grupo de Acesso.

"O trabalho é sempre igual, a forma de se dedicar é a mesma. Mas soube por amigos que o obstáculo do Acesso é o financeiro. É uma experiência desafiadora. Mas sei que a criatividade vai ter que passar por cima disso. As comissões ultimamente tem tido muitos equipamentos e muita inovação. Na minha comissão, isso não vai faltar. Eu pretendo manter o meu estilo", afirmou.

Mesmo sendo diretor do balé do Theatro Municipal, Hélio parece estar tranquilo agora. Perguntado como ele irá conciliar as duas escolas mais o Theatro lá na alta temporada Carnavalesca (novembro-dezembro-janeiro), o coreógrafo pediu para rezarem por ele.

"Sei que vai ser super corrido lá no final. Mas vou otimizar os meus horários de ensaios. Ainda mais que minha equipe concentra a maratona de ensaios mais na Cidade do Samba, vou pouco para Avenida. Reze por mim (risos)", pediu.

POR AÍ - Carnaval de Estarreja 2012


A Escola de Samba verde e rosa Trepa Coqueiro conquistou o tri campeonato do Carnaval de Estarreja, uma cidade portuguesa localizada no Distrito de Aveiro.

ENREDO:  "Todos são marionetas da sua própria imaginação; que comece o Teatro da Vida!"

Confira a apresentação da comissão de frente:

Veja um pouco do desfile do Trepa Coqueiro:


segunda-feira, 23 de abril de 2012

NOSSA HISTÓRIA - A comissão em homenagem póstuma a Paulo da Portela 1949

Paulo Benjamim de Oliveira, mais conhecido como "Paulo da Portela", nascido em 17 de junho de 1901, teve um infância difícil no bairro da Saúde, no Rio de Janeiro. Ainda novo, seu pai abandona a família deixando a mãe de Paulo com três filhos para criar sozinha. Paulo deixou os estudos para ajudar a família, trabalhando como entregador de marmitas e lustrador de móveis.

Na década de 20 a família se muda para o bairro de Oswaldo Cruz, subúrbio do Rio, onde os moradores já cantavam e dançavam o jongo e nessa época o samba começava a tomar seu espaço. Foi quando começou a tomar gosto pelo samba e conheceu gente como Ismael Silva, Baiaco e Brancura, sambistas do Estácio.

Paulo da Portela foi o grande organizador do samba em Oswaldo Cruz. Muito além disso, sua simpatia e determinação fizeram dele um líder comunitário e uma referência cultuada pelos moradores do bairro. Tinha consciência de que a arte de Oswaldo Cruz era rica e poderia tornar-se profissional, daí a preocupação em diferenciar a imagem do sambista do malandro vadio perseguido pela polícia. Paulo era conhecido por "professor" e é assim que muitos sambistas, ainda hoje, se referem a ele.

Em 1922 criou com seus companheiros, Antônio Rufino e Antônio Caetano o bloco Baianinhas de Oswaldo Cruz. Em 1930 o grupo se apresentou pela primeira vez como Escola de Samba, com o nome "Quem Nos Faz É O Capricho" e a partir de 1931, desfilou com o nome de "Vai Como Pode".

Foi nessa época que, Paulo resolveu adotar um nome artístico para diferenciá-lo de outro compositor de Bento Ribeiro com o mesmo nome. Passou então a ser conhecido como "Paulo da Portela", nome que faz referência à Estrada do Portela, lugar onde após várias mudanças a escola de samba do bairro estabeleceu sua sede.

Em 1935 a Vai como Pode ganha o carnaval com um samba de Paulo e como retribuição pelo samba vencedor a escola muda de nome. Nascia o Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, 21 uma vezes campeã e escola com maior número de títulos do carnaval carioca. No mesmo ano Paulo ganha do jornal "A Nação" o título de maior compositor de samba do brasil.
Em 1942, ocorreu o que ninguém seria capaz de imaginar: Paulo da Portela deixou a Portela. Ele e os compositores Cartola e Heitor dos Prazeres formaram o Conjunto Carioca, que acabara de se apresentar em São Paulo, na Rádio Cruzeiro do Sul e no Teatro Santana, ao lado de Francisco Alves e Araci de Almeida, e chegaram no Rio de Janeiro no domingo de carnaval. Sem tempo fazerem as fantasias de suas escolas, combinaram de desfilar os três na escola de cada um, ostentando a roupa preto e branca do Conjunto Carioca. Na Portela, porém, um dos seus diretores, Manuel Bambambã até concordou em abrir uma exceção para o próprio Paulo, mas para os outros não, seria levar muito longe a indisciplina. Paulo fez pé firme e disse que só desfilaria se os seus companheiros pudessem acompanhá-lo. Não podia admitir que fosse negado a seus convidados, por sinal, sambistas ilustres, o direito de desfilar na Portela. Se Cartola e Heitor dos Prazeres não saíssem, ele também não desfilaria. "Então não desfila ninguém", finalizou Manuel Bambambã, encerrando a carreira de Paulo da Portela na escola que fundou e viu crescer até transformar-se numa das maiores instituições do carnaval carioca. Para aumentar a humilhação de Paulo, ele seria muito bem recebido na Paz e Amor, escola a que Heitor dos Prazeres estava ligado e na Estação Primeira. Após o carnaval, mesmo sem condições de tirar do nome o já consagrado "da Portela", transferiu-se para a modesta Escola de Samba Lira do Amor, de Bento Ribeiro, bairro vizinho de Oswaldo Cruz.

Paulo da Portela morreu no dia 30 de janeiro de 1949. O seu enterro acompanhado por uma multidão calculada em quinze mil pessoas, foi uma demonstração de que o afastamento a sete anos da Portela não foi suficiente para separar o grande sambista da escola. A Portela em peso compareceu ao velório. Para toda a comunidade sambista, foi, na verdade a morte de um portelense. A escola a que se ligara,  a Lira do Amor, de Bento Ribeiro, deixara de existir após o carnaval de 1947, traumatizada pela morte trágica de um dos seus dirigentes, o sambista Caquera (quando arrumava os apetrechos da escola na carroceria de um caminhão, a ponta de uma corda que apoiara no pescoço penetrou num buraco e foi enroscar-se no eixo do veículo cujo o motor estava funcionando. Caquera morreu estrangulado.) Pouco antes do carnaval de 1948, o Diário Trabalhista perguntava: "Por que não sai a Lira do Amor? É de lamentar a sua ausência porque sabendo que a escola tem em sua direção um sambista como Paulo da Portela, todos sentem a a sua falta." Miro, um dos dirigentes, explicou: "Não é chave, sentimos a falta de um companheiro de luta que desapareceu no ano passado"

Em 1949, a Lira do Amor se fez representar no desfile apenas por uma comissão de frente, vestida de terno cinza e gravata, lenço e cravo negros, com todos os seus integrantes em silêncio. Era uma homenagem a Paulo da Portela..

FONTE:
"Escolas de Samba do Rio de Janeiro" de Sérgio Cabral
 "Almanaque do Samba" de André Diniz
blog Receita do Samba 

Observações finais dos jurados 2012

Após darem as notas os jurados tem um espaço reservado para as suas considerações finais.
Confira o que disseram:

Fabiana Valor 
"As comissões devem ficar atentas para não dançarem perto da grade, pois como a maior parte das pessoas das frisas fica em pé (colocada na grade), não conseguimos ver os bailarinos por inteiro (apenas as cabeças). Os pontos tirados e não justificados fizeram parte de um critério pessoal seguindo uma escala comparativa entre as escolas."

Marcus Nery M. Vabo
- Não fez considerações -

Paulo César Morato 
- Não fez considerações -

Raphael David 
"O bônus foi atribuído ao G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel porque apresentou uma concepção de comissão de frente muito criativa, com aproveitamento interessante do elemento cenográfico de apoio (como savana). O que superou a expectativa quanto à sua capacidade de impactar positivamente ao público no momento de apresentação da escola."


Este ano os jurados também podiam dar 0,1 de bonificação para a escola que se destacou nas apresentações de cada quesito.
Veja quem foram as beneficiadas:

Fabiana Valor - Unidos da Tijuca
Marcus Nery M. Vabo - Portela
Paulo César Morato - Unidos da Tijuca 
Raphael David - Unidos de Vila Isabel



domingo, 22 de abril de 2012

Justificativas 2012 - Grande Rio





Depois do incêndio que atingiu totalmente o carnaval do ano passado, a Grande Rio decidiu falar de SUPERAÇÃO com o enredo “Eu Acredito em você! E você?” (Histórias de Superação) e apostando em novas conquistas. Entre elas o coreógrafo Jorge Teixeira que levou para a venida "Superando o medo na infância".



O QUE REPRESENTOU: 
Com a responsabilidade de abrir o desfile da Escola de Samba Acadêmicos do Grande Rio, e ao mesmo tempo de fechar o último dia de desfile, preparamos uma comissão Alegre e que vai lutar para superar seus medos durante o desfile. Para muitos de nós, a superação começa na infância.

Superar o medo do desconhecido e do sobrenatural. É desde criança que também aprendemos a superar as nossas fraquezas, a  vergonha e a nossa timidez, as dificuldades que impedem o nosso caminhar e o receio de demonstrar quem de fato somos. Ainda na infância formamos nossa personalidade e buscamos superar o medo de sermos criticados e não aceito como somos pela sociedade e seus padrões pré-determinados.
O medo de ir dormir, pois o quarto está escuro e o que habita o escuro? Medo do bicho que se esconde em baixo da cama, dentro do armário, debaixo do lençol. Medo dos fantasmas que se formam na nossa mente.  Medo da cama que treme e voa, desce e sobe como vimos naquele filme da televisão.  Medo do monstro que nunca vimos mas temos certeza que ele existe  pois  os nossos pais falaram que se não comêssemos tudo, ele viria nos pegar.
As crianças precisam superar todos os medos que lhe são impostos, medos estes que os adultos lançam na vida delas pensando que estão corrigindo e as educando, quando na verdade estes medos podem se estender até a fase adulta e comprometer o seu desenvolvimento e o modo de se relacionar com outras pessoas.
A Grande Rio vem representando através da coreografia da Comissão de Frente não só todos estes medos que afligem as crianças, mais também as brincadeiras que as divertem e que fazem parte do seu universo infantil: amarelinha, pular carniça, uni duni te. Brincadeiras que as distraem e as fazem esquecer, pelo menos naquele momento, dos seus temores.
Representada por crianças de pijamas, prontas para ir dormir e que trazem consigo suas armas: travesseiros.  A brincadeira está armada   e, unidos e confiantes no poder de seus super- heróis eles
encontram força para vencer todos os seus medos.
A comissão trás ainda um elemento alegórico que representa uma grande cama que "assombrada" faz com que as crianças travem um duelo contra as forças do mal. Deste duelo saem vitoriosos e apresentam nosso pavilhão.

CONFIRA O QUE ACHARAM OS JURADOS:

Fabiana Valor - 10,0
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 5,0

Marcus Nery M. Vabo - 9,9
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 4,9
"Apresentação/realização: (-0,1) A apresentação da coreografia da comissão de frente ficou confusa para o entendimento pelo público, face as excessivas cenas de teatralização."

Paulo César Morato - 10,0
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 5,0

Raphael David - 10,0
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 5,0


Confira a apresentação do grupo:



CARNAVALESCO - A comissão de frente, muito criativa, foi um dos pontos altos, mostrando a luta de crianças contra pesadelos, com direito à guerra de travesseiros e um enorme tripé que, de repente, se transformava de cama em uma espécie de "penhasco"

Justificativas 2012 - Vila Isabel




“Você Semba Lá... Que eu Sambo Cá! O Canto Livre de Angola”, foi com este enredo que a Vila Isabel tentou o campeonato em 2012. E passou perto, bem perto. A Vila mostrou uma Angola colorida e alegre, tornando a escola de Noel num dos grandes destaques deste carnaval. Marcelo Misailidis em seu quinto ano na escola levou pra avenida a "A Savana Africana", que deixou a todos fascinados com as seguidas surpresas da apresentação. Um sucesso de público e de crítica! Em 2013, Marcelo integra mais uma vez a equipe da Vila Isabel.


O QUE REPRESENTOU:
 Segundo o jesuíta Sandoval (1625), “Os calores e os desertos da África misturavam todas as espécies e raças de animais em redor de poços, criando um ecossistema particular, capaz de engendrar hibridações monstruosas”.
As bestialidades a que falava o escritor eram rinocerontes, leões, hienas, entre outros. E tal estranheza 
também era causada pela cor da pele de seus habitantes.
A Comissão de Frente investe nestas impressões para retratar de modo alegre e divertido, a misteriosa 
vida das Savanas, onde eclodem repentinamente variadas situações, nas quais a luta pela sobrevivência é 
um suspense constante. A Savana está para a vida africana assim como o rinoceronte está para a psicologia humana, podendo ser visto como um símbolo do inconsciente, um universo desconhecido, de feras escondidas, que podem vir à tona, de tudo aquilo que não se tem controle, que tem vida própria, que nos fascina e aterroriza ao mesmo tempo. Composta por 15 componentes em cena, os integrantes dividem variados personagens da savana de 
Angola.
Concepção da Comissão de Frente:
A concepção desenvolvida pela comissão de frente da Vila Isabel concentrou seu olhar na imagem da 
savana africana, local onde habitam feras e animais exóticos num cenário misterioso e fascinante. O heroico povo africano compartilha este mesmo espaço com suas tribos exuberantes, de coragem e determinação única. O Rinoceronte a frente deste  cenário é o símbolo da força brutal e incontrolável que representa a 
natureza desta região e que atraia a atenção dos visitantes que tinham curiosidade à respeito até do gosto 
da sua carne. Muitos artistas desenharam este estranho animal, sendo um dos mais famosos a representação feita por Dürer. A junção destes elementos e personagens como a Savana, os animais e o homem nativo, compõe o quadro de apresentação da Comissão de Frente, cercado de uma atmosfera lúdica, tal qual uma criança imaginaria este cenário, com feras e homens convivendo harmoniosamente o mesmo habitat

CONFIRA O QUE ACHARAM OS JURADOS:

Fabiana Valor - 10,0
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 10,0

Marcus Nery M. Vabo - 10,0
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 5,0

Paulo César Morato - 9,9
Concepção/Indumentária - 4,9               Apresentação/Realização - 5,0
"Marcelo Misailidis apresenta-nos um trabalho bastante criativo e c/ uma boa narratividadde, características que são os alicerces de uma boa com. de frente. Apenas peca ao ñ explorar por mais tempo em frente à cabine do jurado, a cena em que os nativos entram na alegoria e ficam aparecendo e desaparecendo junto c/ os animais na mata (savana). Do modo como foi feito ficou a sensação, em quem assiste, de que faltou algo, de se querer mais, e de que um impacto perfeito e total poderia ter sido alcançado com um encadeamento das duas partes da coreografia."

Raphael David - 10,0
Concepção/Indumentária - 5,0               Apresentação/Realização - 5,0
BÔNUS: (0,1)

Confira como foi a apresentação:


O DIA - Comissão de Frente da Vila aposta na simplicidade
Por Angélica Paulo

A Comissão de Frente da Vila Isabel entra na avenida apostando na simplicidade, segundo o coreógrafo Marcelo Misailidis. Antes da escola entrar na Sapucaí, ele deu alguns detalhes de como seria a passagem dos dançarinos.

"A comissão não vai ter nenhuma grande surpresa e o grande barato é que eles vão trazer uma visão poética de como a criança africana vê a savana", disse Marcelo.
Atrás da comissão, um tripé todo feito com boia de piscina vai representar a savana. Os dançarinos farão movimentos de animais africanos e dançarinos apresentarão, na coreografia, passos do kuduro.
Ao todo, 15 componentes fazem parte da comissão. Segundo Misailidis, todos sambistas.










sábado, 21 de abril de 2012

SOU COMPONENTE - Braulio Gomes


Como surge um sambista?

Alguns dizem que o samba vem de berço, outros dizem que o samba corre nas veias, o poeta Doryval Cayme dizia até que "quem não gosta de samba bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé"... A verdade é que o amor pelas escolas de samba vem de longa data e não tem explicação. Não é à toa que as batidas do surdo são comparadas às do coração.

Nosso componente da vez é mais um apaixonado pelo carnaval e pelas escolas de samba. Quer ver?

Começou no carnaval pela bateria da Estrelinha da Mocidade em 1998, aos 12 anos de idade. No ano seguinte, já na Mocidade Independente de Padre Miguel, desfilou na ala das crianças e na bateria de 2000 a 2002.
Mas as comissões de frente sempre lhe chamaram a atenção pelas inovações que vinham apresentando a cada ano. E foi a comissão dos "sapos cururus" na Mocidade de 1999, ano em que a escola homenageou Vila Lobos, que deu o ponta pé inicial determinando a procura dele por uma vaga no quesito. Justamente o ano em que Braulio entrava para o mundo da dança.

Finalmente, em 2003, Braulio desfila como integrante da comissão de frente do Salgueiro sob o comando de Marcelo Misailidis.

"Lembro-me bem que a equipe do Misailidis colocara um anúncio no jornal procurando integrantes para a sua estreia na vermelha e branca. Chegando na audição, me deparei com parte do elenco que havia trabalhado com ele anos antes na Unidos da Tijuca. Fiquei apreensivo pela inexperiência, mas deu tudo certo."


Já como integrante do grupo, teve que se adaptar à nova rotina de ensaios, que aconteciam uma vez por semana no mês de agosto, duas vezes em setembro e após a escolha do samba em outubro, três vezes, sempre de 20h às 23h. Tudo isso para garantir o entrosamento do novo grupo.

"O bom de trabalhar com o Misailidis é que nada passa a cair na rotina. As idéias audaciosas dele sempre nos permitem novidades quando nos acostumamos com os elementos anteriores. Coreografia oficial mesmo, só há 3 semanas do desfile, no mínimo! rs."


Quando perguntado sobre qual desfile foi o mais marcante, Braulio encontra dificuldades na resposta.

"Pergunta difícil (rs). Fiz muitos trabalhos marcantes a nível de emoção. 2004 (Elefante Salgueirense), 2005 (Homens de Neanderthal, também salgueirense), 2009 (Theatro Municipal da Vila Isabel) e 2012 (Savana Africana), mas fico com 2004. Uma comissão que se fosse feita hoje, 8 anos depois, certamente teria o mesmo sucesso da época. Muito moderna, apesar de virmos no chão, sem tripé, muita coisa acontecia de forma inesperada. Lembro-me bem, que o nosso esquenta do desfile oficial, quando a 'Deusa da Fertilidade' apareceu e o setor 1 veio abaixo, nós embaixo daquele pano ficamos super atordoados, preocupados se tinha acontecido algo a ela , dela ter caído etc... E fomos ovacionados durante todo o desfile de forma muito calorosa. Uma grande pena que não tínhamos tecnologia avançada e ao alcance de todos naquela época, como hoje em dia, para que se tivessem vídeos gravados das arquibancadas para vocês terem noção do que estou falando. Arrisco dizer que foi pelo menos igual a recepção do público com a comissão da Unidos da Tijuca em 2010, das trocas de roupas."


Na hora de dizer qual a escola de coração, assume que torce pela que está desfilando, afinal são quatro meses de ensaio para que o trabalho fique pronto. Então a torcida é para que a escola consiga uma boa colocação e volte no sábado das campeãs, independente da colocação. Mas, deixa claro, que fica uma simpatia maior pelas escolas por onde passou, em especial o Salgueiro.

"... o Salgueiro mexe comigo quando canta, 'Lá vem Salgueiro'... Hoje sou Azul, Vermelho e Branco(rs)."


No dia do desfile a concentração tem que ser enorme para que dê tudo certo na avenida. O grande público que assiste a toda beleza do espetáculo não tem idéia do que está por trás de toda a apresentação. Algumas escolas concentram suas comissões em hotéis, na Cidade do Samba ou em suas quadras. Pedimos a Braulio que descrevesse como é a concentração das comissões por onde passou.

"Nós sempre nos reunimos horas antes para dar tempo de concluirmos todo o processo. A equipe do Marcelo é muito cuidadosa com essa parte. Temos alimentação, maquiagem, figurino, transporte e tudo milimetricamente calculado para que estejamos prontos pelo menos 3 escolas antes da nossa, por exemplo. O Marcelo é muito preciso: Se nós brincamos quando ele começa a marcar ensaios secretos de madrugada na Avenida de que 'vai começar o papo dos 45° à esquerda' (Marcelo mede toda a avenida antes da apresentação), imaginem em relação aos horários do dia do desfile (rs). 
O meu ritual é me distrair... gosto de conversar até sobre outras coisas extra carnaval. Mas quando sei que está chegando a hora, procuro disfarçadamente me isolar a fim de me concentrar para que consiga fazer com eficiência e eficácia a minha parte. Confesso que não é fácil, mas é só encarar com seriedade dentro da diversão que é tirado de letra. 
Em relação ao nervosismo sempre penso uma coisa quando a sirene toca autorizando o início do esquenta da escola: 'O que estou fazendo aqui, senhor?'... Mas depois do esquenta tudo flui tão naturalmente, que quando se vê, a festa está acabando pra gente, estamos no último módulo de julgamento."


As comissões estão sofrendo mudanças constantemente e isso tem dividido opiniões quanto a tradição e as características dos desfiles. Quanto a isso, Braulio acha que todo tipo de mudança é válida. 


"Não recrimino quem copia daqui, dali e etc. O importante é agradar ao público de forma perfeita e honesta (Sim, pois ninguém desmente quando aparecem essas historinhas). Pior, seria se os 'plágios' fossem mau executados. Uma vez mudado para melhor, fica feio querer regredir, voltar para o tradicionalismo afim de chamar atenção com isso."


Ainda neste clima de mudança nos desfiles, é impossível não perceber que as comissões vem trazendo quase que obrigatoriamente tripés em suas apresentações. E o nosso entrevistado não os vê com maus olhos, desde que sejam um complemento ou cenário para a idéia. "Fora isso, sou o primeiro a torcer o bico."


Quando perguntado sobre qual o melhor coreógrafo, imediatamente responde Marcelo Misailidis.

"...ao meu ver, é o que tem mais visão de Carnaval e que consegue fazer tudo o que quer, de fácil leitura e sem por ninguém em risco. Sem contar que é um profissional muito tranquilo de se trabalhar, que não estressa nunca e tem brilho no olhar quando conversa sobre trabalhos já executados e até quando nos expõe a ideia do que será para o próximo carnaval. Super motivador!"


Braulio é um apaixonado pelas escolas de samba e vem se tornando um veterano das comissões que emocionam nossos desfiles e nos deixam encantados criando momentos marcantes na avenida. E qual será o seu momento marcante?

"São muitos momentos marcantes: Em 2003 como central de coreografia já na estreia, no começo da era dos ensaios técnicos, caminhando para o último módulo de julgadores, o Marcelo sismou de fazer a coreografia oficial para estudarmos o espaço. Lembro que tremia como se estivesse sentindo um frio glacial... Mas sem dúvidas a melhor parte de todo o processo é o dia do desfile por completo. Desde o momento que você põe a camisa da Comissão, sai de casa e encontra pelo caminho até a concentração torcedores da escola que fazem demonstrações públicas de afeto e energia positiva... não tem preço sentir esse carinho. Na hora do desembarque da trupe na concentração então!... Dessa vez, na Avenida Presidente Vargas, você vendo aquela escola toda armando, pessoas gritando para abrir caminho que a comissão de frente está passando, aplaudindo sem que nós tenhamos feito sequer um movimento e pedindo que defendamos bem o quesito para a sua escola... é muito emocionante. Faz com que esqueçamos todos os stresses, noites mal dormidas etc... e no final de tudo, bate aquela tristeza de que ficaremos pelo menos 8 meses sem essa rotina de artista."


Braulio e suas comissões:

Salgueiro 2003
Salgueiro 2004
Salgueiro 2005
Salgueiro 2007
Vila Isabel 2008

Vila Isabel 2009

Estácio 2010

Vila Isabel 2012

quarta-feira, 18 de abril de 2012

ARTIGO - saiba como uma comissão de frente se prepara

Por Carolina Porne

Quando começa o desfile de uma escola de samba, a comissão de frente é a primeira ala a entrar na avenida. Um dos quesitos de avaliação do desfile, o grupo de dançarinos que abre o desfile de uma agremiação precisa estar preparado física e psicológicamente.

Jaime Arôxa, coreógrafo da comissão de frente da Estação Primeira de Mangueira, diz que é muito exigente com seus dançarinos. “O trabalho começa em setembro. É preciso ter disciplina, dedicação e experiência, mas, acima de tudo, é preciso ser grande: na avenida, tudo tende a diminuir, logo, a autoestima precisa ser forte”, diz o professor de dança, que foi premiado no último ano com o Estandarte de Ouro, premiação que consagra desde 1972 o melhor do carnaval carioca.

Para este ano, Arôxa promete uma grande surpresa na Sapucaí. “Vamos fazer algo bastante ligado à emoção. Será algo que já foi visto na avenida, mas apresentado de uma forma diferente”, diz, fazendo mistério. Arôxa também revela que está ensaiando dois grupos para a comissão de frente, cada um com 15 dançarinos.
O coreógrafo começou a ganhar destaque no Grupo Especial há pouco tempo. Seu primeiro trabalho com comissões de frente foi há seis anos, na Caprichosos de Pilares, que hoje faz parte do Grupo de Acesso. “Paguei para fazer a coreografia deles”, revela Arôxa.

Sobre a preparação dos dançarinos, Arôxa diz que nem sempre os ensaios são o mais importante. “Gosto da ideia de laboratório. Viver o que será apresentado pode ser mais eficiente”, diz.

FONTE: RedeTV!