segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Comissões de frente 2008

Neste ano, a campeã foi a Beija-Flor com o enredo  Macapaba – Equinócio solar:
viagens fantásticas ao meio do mundo.

SÃO CLEMENTE 
ENREDO: “O clemente João VI no Rio: a redescoberta do Brasil”.
CARNAVALESCO(S): Milton Cunha e Mauro Quintaes.
Componentes: 01 feminino (o transexual Rogéria) e 14 masculinos.
Nome da fantasia: “O teatro de Maria, a louca: na piração de fevereiro de 1792, a rainha
sonha com a Sapucaí brasileira”.
O que representou: “A São Clemente com requinte e fidalguia, prepara a festa para a Família
Real: conta através de magnífica encenação, na sua  Comissão de Frente, o episódio do
enlouquecimento  da matriarca, Maria I, aqui brilhantemente interpretada pela vedete Rogéria.
Para tanto, convida a Companhia de atores e bailarinos “Indo com as outras”, para encenar o
drama-festivo “Na sala do Trono, a tempestade de escrúpulos”, devaneio histórico-fantasioso
dividido em duas partes:
UM- aclamada soberana em 1777, a piedosa Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes
Rita Joana de Bragança, luta contra o ex-todo poderoso Pombal; assusta-se com as notícias
sobre a revolução Francesa que decapitou os soberanos; e governa com três preocupações
básicas: reparar às ofensas a Deus,  moralizar as mulheres (a ponto de chegar a proibir que
elas representassem nos teatros), e organizar a vida pública. Infelizmente o seu confessor, o
bispo do Algarve, D. José Maria de Melo, fanático e destituído de bom senso, foi quem mais
contribuiu para a aterrar os escrúpulos da consciência da Soberana, que tinha receio de atrair
sobre si própria as iras de Deus. E a desgraça veio mesmo: o desgosto pungiu dolorosamente o
coração da Rainha, que viu num curto período de tempo morrer a mãe, o marido e o herdeiro
do trono, D. José, que morreu em 1788. Esta luta que se travava no seu espírito já
enfraquecido, e que as paixões políticas cada vez mais acirravam, produziu afinal um ataque
de loucura, que a assaltou no dia 1 de Fevereiro de 1792, quando saía do teatro de Salvaterra.
Logo ali foi sangrada duas vezes, e no dia 3 de Fevereiro voltou para Lisboa, mas o seu estado
era de tal forma grave, que o governo escreveu logo para Londres, ordenando ao ministro
português que ajustasse por todo o preço o celebre medico Dr. Willis, que fora quem tratara
um outro doido coroado, Jorge III.
DOIS- Na sua loucura dos “remédios evacuantes” prescritos pelo psiquiatra inglês, a mãe
rainha perdida de amores vê em seu amado pimpolho João Maria José Francisco Xavier de
Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, ou  simplesmente D. João, aclamado
príncipe do Brasil e novo herdeiro do trono, a alegria para sua infortunada vida. É ele a saída
para um novo mundo, é ele o construtor de um lugar  feliz nas distantes terras da Sapucaí 122
Brasileira. No auge de seu desvairio, Maria encomenda para o clementiano povo daquele
alegre reino, uma entrada régia triunfal em Honra e Glória a seu filho, o Clemente João VI.
Doida de pedra, Maria faz com os personagens de seu teatro imaginário um grande carnaval”.
Coreógrafo(s): Caio Nunes.
Pontuação: 9,8 – 9,8 – 9,7 – 9,7

UNIDOS DO PORTO DA PEDRA
ENREDO: “100 anos de imigração japonesa – tem pagode no Maru”.
CARNAVALESCO(S): Mario Borrielo.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Alegria! Alegria! O Teatro Kabuki chegou!”
O que representou:  “O início do nosso desfile é uma visita ao Teatro Kabuki, onde um
diminuto espaço separa a realidade e a fantasia. Os atores travestidos em figuras mitológicas
ou em personagens femininos nos fazem penetrar nas  antigas tradições japonesas. O Teatro
Kabuki nasceu espetáculos de marionetes e, apesar de utilizar maquinários modernos, até os
dias de hoje não renuncia ao seu estilo. Kabuki é um neologismo proveniente do verbo
Kaburu (desviar), derivado etimologicamente de Katamuru (inclinar). Desde o séc. XVII o
adjetivo Kabuki é usado para designar algo extravagante, absurdo e o não convencional. A
criação do Teatro Kabuki provém da segunda metade do século XVI e nos remete a três
ideogramas chineses: KA (canto), BU (dança) e KI (técnica). A Comissão de Frente
representa a chegada de um espetáculo Kabuki. O cenário reproduz um pagode xintoísta. No
camarim, os atores se maquiam enquanto os camareiros lhes trazem os ricos Kimonos. E, logo
em cena já surge o primeiro personagem: um sábio que irá nos contar uma história de
sacrifício, esperança e sucesso. Em seguida duas damas aparecem, protegendo com seus
leques, uma terceira que interpreta a saudade. Surgem, então, mais três atores com longas
perucas, interpretando o tempo, o vento e o futuro” .
Coreógrafo(s): João Paulo Machado.
Pontuação: 9,8 – 9,7 – 9,7 – 9,7

ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
ENREDO: “E o Rio de Janeiro continua sendo...”
CARNAVALESCO(S): Renato Lage e Márcia Lávia.
Componentes: 01 feminino e 14 masculinos.
Nome da fantasia: “Colorindo a alegria de chegar...”
O que representou: “Como seria se os portugueses desembarcassem hoje no Rio de Janeiro?
‘Pois bem, cheguei!’ Verão, praia, sol ... E um grupo de navegadores que, no lugar de uma
solene caravela, desembarca de uma banana-boat nas  areias escaldantes do Rio de Janeiro.
Cansados da viagem, mas seduzidos pelas belezas nativas, os ‘gringos’ se deparam com uma
visão encantadora. E não é só a paisagem natural luxuriante que deslumbra o grupo lusitano
nessa praia ensolarada, mas a sensualidade da nativa carioca, que segue num doce balanço seu
caminhar por uma orla imaginária. Hoje, a índia é a tal. ‘Quero ficar bem à vontade...’ A
menina que vem e que passa conduz os navegantes, seduzidos pelo jeito carioca de ser em sua
mais pura manifestação. É a própria divina obra-prima, admirada e disputada pela trupe
recém-chegada, que tenta de todas as maneiras atrair a atenção da nossa índia carioca, mas ela
lhes aplica um sutil ‘chega-pra-lá’ com a mesma suavidade da brisa que embala as ondas do
mar. As espadas empunhadas em batalhas se transformam em barracas de praia que dão todo o
colorido de um dia ensolarado de verão, na excitante atmosfera propícia para tirar ‘aquela
onda’. Nesses primeiros momentos em solo carioca, o coração bate forte, deixando a vida os 123
levar pelos caminhos do paraíso onde acabaram de aportar. ’Na verdade, eu sou assim...’ É o
redescobrimento da nossa cidade, com um olhar irreverente, alegre e descontraído, no melhor
estilo carioca. Em gestos, expressões e na própria fantasia, unem o passado ao presente, numa
linguagem cênica moderna, sem abrir mão da função primordial da comissão de frente: saudar
o público e apresentar a escola. É a alma carioca expressada por cenas de uma cidade quente,
acolhedora, alto astral. Cidade, em síntese, Maravilhosa”.
Coreógrafo(s): Hélio Bejani.
Pontuação: 10 – 10 – 9,9 – 9,9


PORTELA
ENREDO: "Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: O sonho vira realidade!"
CARNAVALESCO(S): Cahe Rodrigues.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “O balé das águas-vivas”.
O que representou: “Conceito - O espetáculo da Criação vai começar. Na profundeza do
Oceano, medusas e caravelas formam um cortejo para  celebrar a vida que se multiplica no
mundo submerso. Elas se contraem, pulsam e se locomovem ao sabor do vento, que as conduz
na direção do futuro. A Ciência as batizará de Cyanea lamarchi e Physalia physalia,
componentes do zôoplancton. Aqui são apenas águas-vivas, representantes singelas da
majestade do mar. O Balé das Águas Vivas é um momento lúdico pinçado do quadro inicial
do Enredo, revestindo de graça e leveza o episódio da Criação; e, ao mesmo tempo, flui com
liberdade, representando os movimentos do mar. Um deles, inclusive, será bastante explícito,
destacando a apresentação da Escola. Cristais simbolizam o brilho das partículas do mar.
Coreografia – A dança representará os diversos movimentos das águas do mar, ora tranqüilas,
inspirando poetas; ora revoltas, assustando os navegantes. Águas que encantam e assustam,
águas que por vezes, correm do rio para o mar.
Indumentária - Vários materiais foram utilizados até que se encontrasse o que mais se
aproximava da água do mar. Optou-se pelo lamê nacarado, que oferece liberdade de
movimentos, com leveza e transparência – como as águas-vivas”.
Coreógrafo(s): Jorge Teixeira.
Pontuação: 10 – 9,9 – 9,8 – 9,7

 ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 
ENREDO: “100 anos de frevo, é de perder o sapato. Recife mandou me chamar”.
CARNAVALESCO(S): Max Lopes.
Componentes: 08 femininos e 07 masculinos.
Nome da fantasia: “O frevo do amanhã, um futuro de paz”.
O que representou: “Neste ano que comemoramos o centenário do Frevo, uma das maiores
manifestações populares do Brasil, hoje patrimônio da humanidade, prestaremos uma grande
homenagem não somente ao Passo e a Música,  mas principalmente ao POVO que fez, faz e
fará  desta cultura a sua grande identidade. Traremos a “Essência da Dança” com uma
execução coreográfica, fiel aos movimentos originais, mostrando como e porquê foram
criados e com os componentes representando o nascimento e perpetuação desta cultura, desta
dança que é forte, e requer de seus dançarinos um grande preparo físico, amor e entrega na sua
execução. Quero trazer para a avenida uma representação real, forte e fiel do FREVO e não
uma coreografia que mostrasse alguns passos. Para isso, uma grande  pesquisa foi realizada,
com constantes idas a Recife para buscar a origem e os “porquês” dos passos e movimentos
bruscos, adereço ( sombrinha) e personagens desta cultura. Não foi fácil definir como seria a 124
Comissão de Frente. O elenco teria que ter a energia que a dança exige e para isto decidimos
desfilar com dançarinos que dominassem a dança, que tivessem “raça” e conhecessem este
ritmo na sua essência, os passos gravados nas suas mentes e também a vitalidade exigida na
coreografia. Nas minhas idas a Recife, conheci, entre tantos grupos de dançarinos de frevo,
uma escola muito especial, que me seduziu e trouxe a idéia desta Comissão: o seu trabalho
social se assemelha ao trabalho social da Estação Primeira. Criei então: “O Frevo do amanhã,
um futuro de Paz”. Estou para isso, utilizando as   crianças do projeto social da Escola
Municipal de Frevo. Elas serão as nossas grandes estrelas na Sapucaí. Através da dança do
Frevo, estaremos incentivando-as ao estudo, disciplina, cidadania e preservando-as da
marginalidade pois todas são oriundas de comunidades de grande risco social. É a cultura do
Frevo tornando-as a grande esperança do futuro, cidadãos de bem, responsáveis pela
preservação da Cultura do Frevo. Como a Mangueira também desenvolve trabalhos sociais
com crianças de comunidades de grande risco, achamos que seria muito  interessante este
intercâmbio, não só quanto à preservação da cultura, mas também quanto à preservação da
dignidade destes pequenos cidadãos.
Traremos 15 crianças, entre 8 e 18 anos, com figurinos e adereços que representarão a história
do Frevo. Algumas trarão  vestimentas do cotidiano, sombrinhas pretas (guarda-chuva). Como
no início de tudo, os guardas chuvas eram utilizados como armas de defesa. Seus movimentos
serão os mesmos utilizados na época e que deram origens aos “passos de hoje”, como o AbreAlas, Britadeira, Caracolado, Parafuso e tantos outros oriundos da capoeira. Alguns
personagens importantes na formação desta cultura estarão representados aqui: Colombina, Zé
Pereira e uma “menção” (não representação) a figuras importantes do Maracatu. À frente
desta Comissão, virá uma criança de 8 anos, significando a origem e a continuidade do Frevo.
Esta criança representa também a ressocialização que a Escola do Frevo propicia, ou seja, o
afastamento de ações, convivências e influências de indivíduos e comunidades que oferecem
risco a sua integridade. Mostraremos que, através da dança, é possível fazer um Brasil
melhor”.
Coreógrafo(s): Carlinhos de Jesus.
Pontuação: 10 – 9,9 – 9,9 – 9,7


UNIDOS DO VIRADOURO
ENREDO: “É de arrepiar!”
CARNAVALESCO(S): Paulo Barros.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Quebrando o gelo”.
O que representou:  “Arrepio é uma função corporal humana em resposta ao frio. Essa é a
definição da ciência para o seu tipo mais primitivo. Mesmo causado por diferentes emoções, a
sensação sempre é de que ‘sentimos um frio na espinha’. Dez componentes da Comissão de Frente
vêm caracterizados de ‘Mr. Freeze’, cientista das histórias em quadrinhos que adquire poderes de
controlar o frio e utilizá-lo contra seus inimigos. De dentro de um módulo de apoio, representado
como um galpão frigorífico, surge o adversário, que será atingido e congelado pelos Mrs. Frezzers.
O efeito de fumaça não permite que o público perceba que a vítima é substituída por uma escultura
de gelo. Quatro ajudantes do cientista atacam o homem congelado, partindo-o em pedaços. A
movimentada cena de ação sugere que a Viradouro está ‘quebrando o gelo’ para deixar que todos
os arrepios possam percorrer a Avenida”.
Coreógrafo(s): Sergio Lobato.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 10

 MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL  
ENREDO: “O quinto império: de Portugal ao Brasil, uma utopia da história”.
CARNAVALESCO(S): Cid Carvalho.
Componentes: 15 masculinos (André Luis P. Miranda, André Inácio, André Luiz da
Conceição, Cláudio da Silva Rocha, Edivaldo Luis de Jesus, Edvaldo Moreira, Elio Silva,
Herdy de Brito, Hudson Sacramento, Higor Martins, Ivan Neves, Jamerson dos Santos,
Marcos Vinicius, Paulo César do Espírito Santo Jr., Rener Souza Ramos, Thiago Lima e
Wladimir Oliveira).
Nome da fantasia: “O nascimento místico de Portugal”.
O que representou:  “A comissão de frente representa um passeio de Dom  João, Carlota
Joaquina e Dona Maria pelas ruas do Rio de Janeiro  de 1808, acompanhados por alguns
membros da corte e de alguns escravos com seus trajes e adereços correspondentes à época”.
Coreógrafo(s): Fabio de Mello.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,9 – 9,8

UNIDOS DA TIJUCA
ENREDO: “Vou juntando o que eu quiser, minha mania vale ouro. Sou Tijuca, trago a arte
colecionando o meu tesouro”.
CARNAVALESCO(S): Luiz Carlos Bruno.
Componentes: 14 masculinos (Anacleto Alves, Arthur Morsh, Brian Vieira, Edifranc Alves,
Elois Xavier, Fabrício Negri, Irídio Mendes, João Paulo Felipe, Marcel Anselmé, Marcelo
Lages, Marcio Jahú, Marcos Théo, Rodrigo Massahud, Victor Maia e os suplentes: Carlos
Fonte Boa e Fagner Viana).
Nome da fantasia: “Coleção de Máscaras”.
O que representou: “Com grande força simbólica, as máscaras estão presentes em todas as
culturas. É um artefato carnavalesco que contém a alma e a expressão máxima da festa
dionisíaca, por isso constitui também item bastante colecionado por muitos foliões.  Os
arlequins tijucanos de nossa Comissão de Frente trazem o princípio básico do colecionismo:
a multiplicação das peças. Toda coleção é formada pelo ajuntamento de peças, que se
multiplicam gradativamente a cada aquisição do colecionador. Espelhos farão o efeito de
multiplicação do objeto colecionável – as máscaras – e também dos arlequins. Os integrantes
da Comissão de Frente vão interagir com um tripé que, fechado, será um grande expositor da
coleção de máscaras e, aberto, será um salão de espelhos multiplicadores dos bailarinos e das
máscaras.
“Nossos arlequins virão saudando e reverenciando o  público com movimentos ágeis, numa
coreografia dinâmica e cheia de nuances, brincando com a versatilidade dos bailarinos e com
a riqueza melódica oferecida pelo samba-enredo. O estilo coreográfico mistura a elegância
do ballet clássico (base da formação de todos os componentes desta comissão), sem esquecer
dos passos marcantes do samba, característicos da alegria e da liberdade da folia
carnavalesca. Para retratar um arlequim, procuramos um vocabulário de movimentação
rápida, com quadros estáticos (quando há uma breve pausa nos movimentos coreográficos) e
desenhos reproduzidos através dos espelhos. Atuamos o tempo todo buscando uma relação e
uma interação com o público”.
Coreógrafo(s): Rodrigo Negri e Priscilla Mota.
Pontuação: 10 – 10 – 9,9 – 9,9

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE 
ENREDO: “João e Marias”.
CARNAVALESCO(S): Rosa Magalhães.
Componentes: 15 homens.
Nome da fantasia: “Princesas Marias em baile de gala”.
O que representou: “Serão quinze homens, travestidos de mulheres, inspirados e tal como, no
ballet “A Cinderela” do compositor russo Prokofiev”.
Coreógrafo(s): Alice Arja.
Pontuação: 10 – 9,8 – 9,8 – 9,7

VILA ISABEL
ENREDO: "Trabalhadores do Brasil"
CARNAVALESCO: Alex de Souza
Nome da fantasia: “Trabalho é amor e cuidado na Lenda Indígena do João de Barro”.
O que representou: Para nós trabalho está intrinsecamente ligado com a relação de amor e
cuidado que se tem consigo e com o próximo. Tendo como fonte de inspiração a Lenda
Indígena do João de Barro, esta comissão tem a intenção em apresentar o trabalho a partir do
amor e do cuidado com que este pássaro brasileiro tem ao construir a sua casa e cuidar de sua
família. Esta lenda conta a historia de um casal de jovens indígenas que se apaixonaram. E o
rapaz foi pedir a mão de sua amada. Mas, para que fosse concedida era preciso uma prova de
amor vigiado por todos da tribo. Ao completar a prova, seus olhos brilhavam e seu sorriso
tinha uma luz mágica. Ao se deparar com sua amada,  se pôs a cantar como um pássaro,
enquanto seu corpo se transformava num lindo pássaro. E neste instante os raios do luar
tocaram a jovem e esta também se transformou em um pássaro e ambos saíram voando pela
floresta. Contam os índios que assim nasceu o pássaro João de Barro. A prova de amor que
uniu este casal está no cuidado e no trabalho com que construíram sua casa e protegem seus
filhotes. Trabalho e cuidado convivem mutuamente para que as relações humanas sejam
estabelecidas. Pois somos seres de cuidado e de trabalho, ambos estão na essência humana e
das coisas. Precisamos do cuidado para demonstrar nosso amor, e no trabalho encontramos o
fruto de nosso desenvolvimento. Pensando assim, o cuidado com a casa, com o outro, nos leva
ao mais nobre de todos os sentimentos: o amor. Utilizamos o João de Barro como símbolo
deste enredo para a Comissão de Frente e como inspiração para que nosso trabalho seja fruto
do amor”.
Coreógrafo(s): Marcelo Misailidis.
Pontuação: 10 – 10 – 9,9 – 9,9

ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
ENREDO: “Do verde de Coari vem meu gás, Sapucaí”.
CARNAVALESCO(S): Roberto Szanieck.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Anjos da criação”.
O que representou:  “As indumentárias transformam os componentes em híbridos. No
momento da criação, pelas mãos de Deus, os anjos tornam-se os operários do divino milagre,
porém este ainda não tem forma definitiva e nem rostos, pois, a face de Deus não é parte da
semelhança entre estes e o criador. Através da crença cristã somente os humanos terão alma e
será a semelhança de Deus Pai, daí a ousadia da criação do figurino. Sua alegoria representa o 127
cristal de carbono primordial com sua estrutura perfeitamente esférica em seus vértices é um
dos elementos mais encantadores no que tange a geometria na natureza. Como o carbono
misturado a outros elementos forma quase todas as estruturas das criaturas viventes do planeta,
foi escolhido para dar início também ao nosso desfile”.
Coreógrafo(s): Renato Vieira.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 10

BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS 
ENREDO: “Macapaba – Equinócio solar: viagens fantásticas ao meio do mundo”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval (Alexandre Louzada, Fran Sérgio, Laila e
Ubiratan Silva).
Componentes: 07 femininos e 08 masculinos (Alexandre dos Santos, Antônio Roberto, Ariane
Alves Souto, Cássio Dias, Daniele Gomes Santos, Denis Gonçalves, Douglas Amaral, Felipe
Braz, Júlia Nogueira, Kelly Machado, Leonardo Nunes, Mônica Victorino, Simone Azevedo,
Thiago Francisco e Yara Barbosa).
Nome da fantasia: “A Linha Imaginária e a Beleza do Fenômeno Solar”.
O que representou: “Venerado pela suntuosa e mística Civilização Fenícia, e pelos radiantes
indígenas da Nação Waiãpi, o Sol, a expressão máxima da luz, é o Astro Rei, que com seus
raios faz incandescer um raro beija-flor, Brilho-de-Fogo, que guia o beija-flor de Nilópolis à
região mágica conhecida como  ‘Meio do Mundo’. Nesta terra, onde brotam palmeiras que
batizam cidades, onde imensos rios cortam a mata em movimentos sinuosos, tal qual
gigantescas  lagartas, pode-se dançar o  Marabaixo ao som de vorazes  jacarés e  onças
pintadas, enquanto graciosos  guarás colorem os céus. Neste paraíso podemos ainda
contemplar o Equinócio, termo derivado do Latim e que significa ‘noites iguais’. O fenômeno
é um dos dois momentos em que o Sol, em sua órbita  aparente, cruza o plano do equador
celeste. Do Monumento do Marco Zero, é possível observá-lo perfeitamente, quando em duas
ocasiões no ano, em março e setembro, ao entrar a luz do Sol, uma esfera de luz é projetada,
numa espécie de visualização da Linha do Equador através de um fascinante efeito de luz e
sombra”.
Coreógrafo(s): Ghislaine Cavalcanti.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 10

FONTE: Livro "Comissão de Frente: Alegria e Beleza pedem passagem" de Júlio César Farias

Comissões de frente 2007

Neste ano, a campeã foi a Beija-Flor, com o enredo Áfricas – do berço real à corte
brasiliana.

ESTÁCIO DE SÁ
ENREDO: “O tititi do sapoti” – Reedição.
CARNAVALESCO(S): Paulo Menezes.
Componentes: 15 masculinos (Carlos Motta, Clayson Gomes, Handerson, Jadson Martins,
Jorge Lima, Marcello Cardoso, Marcos Marinho, Meraldo Alves, Moacyr Pereira, Rafael
Santos, Roberto Bento, Wallace Miranda, Wanderley, Hilário Silva, Roberto Jerson, Marcelo
Miranda).
Nome da fantasia: “Os senhores da selva”.
O que representou:  “A fantasia nos remete às civilizações Maias e Astecas em variações
coreográficas que nos permitem avaliar características próprias de cada uma, auxiliado por
uma pequena alegoria”.
Coreógrafo(s): Tony Tara.
Pontuação: 9,8 – 9,8 – 9,7 – 9,6

IMPÉRIO SERRANO
ENREDO: “Ser diferente é normal. O Império Serrano faz a diferença no Carnaval”.
CARNAVALESCO(S): Jack Vasconcelos.
Componentes:  13 masculinos (André Rayol, Carlos Anderson, Ézio carneiro, Jorge Luís,
Júlio Sampaio, Júnior Rodrigues, Leandro Willer, Paulo Roberto, Paulo Roberto Silva, Rafael
de Souza, Vinícius Manne e Wellington Moreira).
Nome da fantasia: “Força e grandeza”.
O que representou: “A Comissão de Frente não é a síntese do enredo. Ela tem função apenas
introdutória ao tema e inicia a narrativa. Paixão e fé resumem o sentimento do imperiano. O
espírito guerreiro de nosso padroeiro abre os caminhos para o desfile do Império Serrano
rumo à gloriosa batalha que se inicia. No Setor 1 do desfile, que celebra os 60 anos de glórias
do Império Serrano, será homenageada sua Comissão de Frente tradicional, apontando para a
tradição inovadora da escola neste quesito”.
Coreógrafo(s): Ciro Barcelos e Fernando Moraes.
Pontuação: 9,8 – 9,8 – 9,8 – 9,5

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA
ENREDO: “Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor. Meu samba vai ao
Lácio e colhe a última flor”.
CARNAVALESCO(S): Max Lopes.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “A última flor do Lácio”.
O que representou:  “O texto da entrevista concedida pelo escritor Graciliano Ramos, em
1948, foi uma das fontes de inspiração para a coreografia a ser apresentada pela Comissão de
Frente da Estação Primeira de Mangueira. Comunicação é o mote de todo nosso trabalho e
nosso objetivo maior. Ao longo do desfile apresentaremos e representaremos a nossa Estação
Primeira de Mangueira de forma lúdica, bem humorada e interativa com o público presente.
Expressaremos sentimentos, emoções e desejos, enfim usaremos a palavra pra dizer.
Apresentaremos uma Comissão de Frente simples, como as letras que nos permitem formar
uma infinidade de palavras. Não recorreremos a efeitos mirabolantes ou grandes artifícios.
Trataremos surpresas que nos permitirão transitar pela língua portuguesa, de sua origem no
Lácio, aos modismos e gírias de hoje. Embora a palavra seja para dizer não podemos contar
aqui o que apresentaremos, pois não vamos estragar a surpresa. Nosso figurino elaborado pelo
estilista Luiz de Freitas teve inspiração poética nos navegadores portugueses e em grandes
nomes da literatura, sem, contudo, ter uma preocupação de caracterizar um determinado
período de tempo, ou de identificar um personagem. De forma atemporal mostraremos a força
da palavra e exaltaremos o mais importante de seus veículos: O LIVRO. Livro este que pulsa,
grita e exibe letras num bailar poético, inocente e com o humor brasileiro enviando mensagens
da alma e do pensamento de um povo alegre, hospitaleiro e gentil. Prestaremos de forma
muito bem humorada uma homenagem aos nossos ‘descobridores’ que nos legaram além de
costumes, culinária e hábitos a língua portuguesa. A Homenagem ocorrerá no momento em
que os 15 componentes da Comissão, dançam o ‘VIRA’. Haverá, durante a apresentação, uma
troca de figurinos e os seres literatos se transformarão em belas senhoras lusitanas que
bailarão a gostosa mistura de duas culturas – o Samba e o Vira. A palavra é para dizer e, da
mesma forma que as lavadeiras a que se referiu Graciliano, trabalhamos de maneira árdua.
Diversas vezes molhamos de suor nossos corpos, exaustivamente passamos e repassamos
nossa coreografia e a integramos com demais linguagens, pois utilizaremos, também, os
desenhos coreográficos, a expressão cênica e a imagem para atingirmos nosso objeto maior de
comunicar”.
Coreógrafo(s): Carlinhos de Jesus.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 10

UNIDOS DO VIRADOURO 
ENREDO: “A Viradouro vira o jogo”.
CARNAVALESCO(S): Paulo Barros.
Componentes: 14 masculinos.
Nome da fantasia: “Preparação do jogo – embaralhe as cartas”.
O que representou: “Quem poderia abrir o jogo da Viradouro na passarela senão o Curinga?
Joker, bobo da corte e bufão são diferentes nomes do conhecido personagem que divertia reis
e rainhas. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e era o mestre-de-cerimônia
das festas. Inteligente, atrevido e sagaz, falava com ironia o que o povo gostaria de dizer ao
Rei. Era o único que podia criticá-lo sem correr riscos. Quatorze curingas compõem a
Comissão de Frente. Esses mestres-de-cerimônia vestem trajes típicos dos medievais bobos da
corte. No entanto, a fantasia foi concebida em um estilo arrojado, com design futurista, numa
alusão à capacidade dos jogos de atravessar o tempo. Eles carregam bastões que, abertos,
formam uma canastra de Ás a Ás. O naipe é o de Copas, escolha determinada pelo amor ao
Carnaval e à emoção provocada pelos jogos. As cartas giram nas mãos dos bufões e
anunciam: ‘A VIRADA VIRA O JOGO’. A partida vai começar!”
Coreógrafo(s): Sergio Lobato.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,9


MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
ENREDO: “O futuro no pretérito. Uma história feita à mão”.
CARNAVALESCO(S): Alex de Souza.
Componentes: 15 masculinos (Higor Martins (o primeiro Homem), Mauricio Silva, Paulo
César do Espírito Santo, Sérgio Dias, Giovanni Batista, Estevão Alves, Marco dos Santos,
Allan Ribeiro, Claudinei Souza, Jodee André, Renner Ramos, Juarez Nascimento, Fred
Moreira, Moacir Gonzaga e Jorge Gonzaga).
Nome da fantasia: “Imagem e semelhança”.
O que representou:  “Segundo o livro sagrado o Criador, como um grande  artesão, faz o
homem à sua imagem e semelhança, feito de matéria inanimada. O homem, expulso do
paraíso, se vê obrigado a trabalhar para viver. No  futuro cria máquinas para lhe auxiliar,
máquinas essas que, segundo a ficção científica, um dia poderiam superar quem as criou. Toda
a encenação é composta por elemento cênico que compõe o surgimento do primeiro homem,
que se vê cercado por homens/máquinas, num futuro impreciso, feitos à sua imagem e
semelhança. Essa peça cenográfica, junto à coreografia, sugere o início e o fim da
humanidade”.
Coreógrafo(s): Claudia Ribeiro.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,8 – 9,8

UNIDOS DE VILA ISABEL
ENREDO: “Metamorfoses: do reino natural à corte popular do carnaval – as transformações
da vida”.
CARNAVALESCO(S): Cid Carvalho.
Componentes: 01 feminino e 14 masculinos.
Nome da fantasia: “A ‘transmutação’ da espécie humana: dos primatas  ao homo sapiens
sapines”.
O que representou:  “Os treze integrantes da Comissão de Frente estarão representando os
ancestrais da espécie humana, os primeiros primatas. Interagindo com a Comissão de Frente
haverá um tripé, uma espécie de máquina do tempo, pois o tempo é o senhor soberano de
todas as transformações. Foi num longo período de tempo, de milhões de anos, que se deu a
transmutação da espécie humana, até chegarmos ao seu representante atual, o Homo Sapiens
Sapiens. Em frente à cabine dos jurados, somente nesse momento, sairão de dentro da
máquina dois humanos negros, representantes da nossa espécie atual e uma alusão às nossas
origens africanas, a ‘mãe- África’, berço da humanidade, onde foram encontrados os fósseis
de hominídios (meio humano, meio chimpanzé)”.
Coreógrafo(s): Ana Botafogo.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,8 – 9,8


UNIDOS DO PORTO DA PEDRA
ENREDO: “Preto e branco a cores”.
CARNAVALESCO(S): Milton Cunha.
Componentes:  15 masculinos (Interpretaram Nelson Mandela: Marthur Morach, Wesley
May, Maciel Tavares, Renato Valverde, André Vagon,  Vladimir Correa, Isaías Miranda, 118
Mazrcellus Ferreira, Kiko Reis, Irpidio Mendes. Interpretaram tigres siberianos: Felipe
Tocchi, Marcelo Matos, Rubens Rocha, Tony Couk, Alan Resende).
Nome da fantasia: “O nosso herói Mandela é, senhor da fé, clamou o tigre!”
O que representou: “‘A luta é minha vida’ - a frase de Nelson Mandela, nascido em 1918, na
África do Sul, resume sua existência, e sua escolha para figurar dez vezes em nossa Comissão
de Frente: um homem nota dez, uma vida nota máxima, uma existencial imortal. Desde
jovem, influenciado pelos exemplos de seu pai e outras pessoas marcantes na sua infância e
juventude, Mandela dedicou sua vida à luta contra a discriminação racial e as injustiças contra
a população negra. Um herói africano, um ícone mundial que tão bem soube representar a
natureza selvagem e exuberante de seu continente (os escudos carregados pelos ‘Mandelas’).
Hoje ele ainda é símbolo de resistência pelo vigor com que enfrentou os governos racistas em
seu país e o apartheid, sem perder a força e a crença nos seus ideais, inclusive 28 anos em que
esteve preso (1962-1990), acusado de sabotagem e luta armada contra o governo. Nem mesmo
as propostas de redução da pena e de liberdade que  recebeu de presidentes sul-africanos ele
aceitou, pois o governo queria um acordo onde o movimento negro teria que ceder. Ele
preferiu resistir e em 1990 foi solto. É esta liberdade que cinco tigres comemoram, trazendo a
roda para a Avenida: jaula, mundo, terra, resistência, superação e esforço. Sua liberdade foi
um dos primeiros passos para uma sociedade mais democrática na África do Sul, culminando
com a eleição de Nelson Mandela como presidente do país em 1994. um fato histórico onde os
negros puderam votar pela primeira vez em seu país. Uma chama de democracia que a todos
contagia e que vira luz na mão dos tigres do Porto da Pedra”.
Coreógrafo(s): Roberto Lima.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,9 – 9,8


UNIDOS DA TIJUCA
ENREDO: “De lambida em lambida, a Tijuca dá um click na Avenida”.
CARNAVALESCO(S): Luiz Carlos Bruno e Lane Santana.
Componentes: 14 masculinos.
Nome da fantasia: “Lambe-lambe imperial na apuração do Carnaval”.
O que representou: “A Comissão de Frente vem composta por quatorze componentes, dos
quais, um deles, vem caracterizado de D. Pedro II e os demais, surpreendentemente,
caracterizados de patronos e de presidentes, as figuras mais representativas, das treze
agremiações concorrentes no Grupo Especial. Os integrantes, elegantemente trajados de preto
e branco, farão uma encenação, com humor e irreverência, estabelecendo a fusão do passado
e do presente, mostrando o monarca que popularizou  a fotografia no Brasil como um
fotógrafo lambe-lambe que se vê perplexo diante da  fogueira de vaidades criada por sua
causa entre os dirigentes das Escolas de Samba, ao  posarem para uma simples foto, pois
todos querem o campeonato do Carnaval. Os “dirigentes” das agremiações, que em certo
momento da coreografia estarão com a respectiva camisa das Escolas que conduzem, além de
representarem eles mesmos na acirrada disputa pelo  cobiçado troféu, terão a missão de
apresentar o enredo e reverenciar a Unidos da Tijuca na Avenida”.
Coreógrafo(s): Gabriel Cortes.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,8 – 9,7


ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
ENREDO: “Candaces”.
CARNAVALESCO(S): Renato Lage e Márcia Lávia.
Componentes: 15 masculinos. 119
Nome da fantasia: “Asas da imortalidade”.
O que representou:  “A Comissão de Frente do Salgueiro inspira-se na tradição egípcia da
busca pela imortalidade para construir sua coreografia, e por meio desta, dar início à busca por
uma das Candaces citadas no enredo: Nefertiti. Desenvolvendo uma abstração-fantasia, que a
própria dinâmica onírica carnavalesca permite, a Comissão de Frente mostra em sua
apresentação a obsessão dos egípcios pela imortalidade. Assim como o Salgueiro em seu
desfile busca perpetuar rainhas que ao longo da história construíram todo um legado de
bravura, sabedoria e poder. Composta por membros da comunidade do Salgueiro, os
componentes representam o Faraó e seu séqüito mumificado. Neste cortejo, eles conduzem
um grande bloco de pedra, destinado às construções  das pirâmides, fantásticas edificações
concebidas para servir de tumbas reais, onde os faraós, sepultados com os seus pertences,
acreditavam que sua alma se elevaria e se juntaria  aos deuses, retornando à Terra após o
julgamento. Na rocha trazida pelo séqüito está contida a energia vital da rainha, que os
componentes tentam trazer de volta ao mundo, evocando a figura do falcão. Segundo a crença
egípcia, esta ave dominava os segredos do ar e regia a respiração do mundo animal e vegetal,
cujo bater das asas representa o sopro que devolve a vida a todos os seres. É este ar mágico
que evoca o espírito de Nefertiti, eternizada como  uma Candace. Partindo do conceito da
busca pela ancestralidade e imortalidade, a Comissão de Frente do Salgueiro abre os seus
caminhos para contar a saga das Candaces, sob a inspiração dos deuses, misticismo e
mitologia egípcios”.
Coreógrafo(s): Marcelo Misailidis.
Pontuação: 10 – 10 – 9,9 – 9,9

PORTELA
ENREDO: “Os deuses do Olimpo na terra do Carnaval: uma festa do esporte, da saúde e da
beleza”.
CARNAVALESCO(S): Amarildo de Mello e Cahe Rodrigues.
Componentes:  01 feminino e 14 masculinos (Cecília kercher, primeira-bailarina do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro interpretou Nike, a deusa da vitória da mitologia grega) .
Nome da fantasia: “Os deuses do Olimpo na terra de Carnaval”.
O que representou: “Na antiguidade foram os gregos que iniciaram o culto ao corpo. Para os
gregos a juventude tinha a posse de um corpo capaz de resistir a todas as formas de exigência
física. Nesta época os jogos serviam como uma preparação física e treinamento técnico para
os soldados antes das lutas. Como forma de manter a paz foram criados os primeiros Jogos
Olímpicos, onde cada atleta que representava sua cidade passara a enfrentar seu adversário
não mais com uma luta de vida ou morte, mas sim através de uma competição esportiva. No
final de cada edição dos Jogos os vencedores eram recebidos em suas cidades como heróis,
um cecídeo, e muitas das vezes eram esculpidas estátuas em suas homenagens. Numa
representação alusiva a esses atletas da Grécia antiga, nossa Comissão de Frente encenará
modalidades que deram origem aos Jogos esportivos que aconteciam na cidade de Olímpia
(lançamento de disco, de dardo, de peso, maratona e luta). Um frontão em estilo grego servirá
como elemento interativo entre os bailarinos, em momentos como um templo grego e outros
como as arenas que serviam de palco para a realização das grandes competições esportivas”.
Coreógrafo(s): Jorge Teixeira e Rodrigo Negri.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,9

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
ENREDO: “Teresinhaaa, uhuhuuu!!! Vocês querem bacalhau?”
CARNAVALESCO(S): Rosa Magalhães.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Cod Morua”.
O que representou: “Procurando manter o estilo que desenvolvo há 15 anos na Comissão de
Frente da Imperatriz, ao mergulhar nas águas do fascinante mundo marinho da Noruega,
decidi criar uma encenação narrativa com seres anfíbios que abrem caminho para a passagem
da Escola. Sempre priorizando a máxima de utilizar  artistas do Carnaval, sem bailarinos
profissionais, nossa equipe continua a aprimorar um trabalho de expressão corporal não
acadêmica, e sim espontânea e carnavalesca. Partindo de uma formação que retrata a silhueta
de um peixe a partir de 15 seres marinhos (meio peixes – meio homens, seres fantásticos como
em mitologia), formamos um cardume que desliza sinuosamente (trabalhado a partir dos
movimentos dos esquiadores de neve), se espalha apresentando luz que emana de suas
escamas, propõe um ‘arco-íris’ citado no samba  e forma um ‘aquário’ de dinâmicas variadas,
desde o ‘slow motion’ ao ‘frenético’. No segundo bloco, saindo da seriedade do início da
apresentação, brincamos com os temas da ginga do próprio samba num xaxado estilizado até
reverenciar o público com uma formação típica do teatro de revista e dos shows de televisão.
Da seriedade absoluta na apresentação de nossa Escola até o uso do bom humor indispensável
para se fazer Carnaval, esperamos abrir passagem para a grande Imperatriz com muita
plasticidade e contagiante alegria”.
Coreógrafo(s): Fabio de Mello.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,8

ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
ENREDO: “Caxias – o caminho do progresso – um retrato do Brasil”.
CARNAVALESCO(S): Roberto Szaniecki.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “União e força do trabalho”.
O que representou: “Tema: a formiga foi escolhido por simbolizar o trabalho ordeiro. Um
grande exemplo de colaboração mútua para o crescimento da colônia, vindo da natureza até a
pujança de uma cidade em movimento sempre crescente que é a nossa querida Caxias”.
Coreógrafo(s): Renato Vieira.
Pontuação: 10 – 10 – 9,9 – 9,9

BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS
ENREDO: “Áfricas – do berço real à corte brasiliana”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval (Alexandre Louzada, Fran-Sérgio, Laíla,
Shangai e Ubiratan Silva).
Componentes: 01 feminino e 14 masculinos (Yara Barbosa, Alexandre dos Santos, Antônio
Roberto, Cássio Dias, Cláudio César, Denis Gonçalves, Douglas Amaral, Edvaldo de Oliveira,
Evandro Barbosa, Felipe Braz, Hairton Luiz, Leonardo da Costa, Leonardo Nunes, Rafael do
Nascimento, Thiago Francisco) .
Nome da fantasia: “Caminhos abertos – Áfricas: realidade, realeza e axé”.
O que representou: “Na mitologia Yorubá, Olodumaré, o Deus supremo, também chamado
Olorum, delega a Odiùduwà a missão de criar e governar o futuro Àiyé (planeta Terra); e lhe
entrega o Apo-Iwá (a sacola da existência) contendo todas as coisas necessárias para a criação.
Incumbência  anteriormente dada ao seu primogênito, Obatalá, que, por não cumprir as
tradições, foi acometido por infortúnios e impedido de realizá-la. Como a tradição mandava,
antes de iniciar a viagem, ele fez alguns sacrifícios ao orixá Exu, que deve ser o primeiro a 121
receber as oferendas, a fim de assegurar que tudo corra bem e de garantir que sua função de
mensageiro entre mundo material e espiritual seja plenamente realizada. Odùduwà cumpre a
tradição e faz as obrigações. Ao chegar ao  Àiyé, cria tudo o que era necessário e delega
poderes às divindades que o seguiram para governarem a criação, conhecidos como os Àgbà; e
volta ao Òrún (mundo espiritual, céu). Quando retorna ao Àiyé, funda a cidade de  Ilê- Ifé, e
vem a ser o primeiro Oba (rei) do povo yorubá, ao lado de sua rainha Ìyá Olóòkun, divindade
feminina, responsável e dona dos mares”.
Coreógrafo(s): Ghislaine Cavalcanti.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,9

FONTE: Livro "Comissão de Frente: Alegria e Beleza pedem passagem" de Júlio César Farias

domingo, 27 de novembro de 2011

Comissões de frente 2006

Neste ano, a campeã foi a Vila Isabel, com o enredo Soy loco por ti, América: a Vila
canta a latinidade.


 ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
ENREDO: “Microcosmos: o que os olhos não vêem, o coração sente”.
CARNAVALESCO(S): Renato Lage e Márcia Lávia.
Componentes: 15 masculinos (09 são da comunidade, 05 são bailarinos e 01 é acrobata)
Nome da fantasia: “Tecendo a vida”.
O que representou:  “Vai começar o menor espetáculo da Terra. O Microcosmos pede
passagem e inicia seu desfile revelando o balé de seres presentes no grande show que a
todo momento a natureza nos apresenta. Com seus movimentos peculiares, as aranhas
estilizadas da Comissão de Frente do Salgueiro são as anfitriãs de um infinito mundo de
formas, desenhando teias de surpresa e mistério que fascinam os olhos humanos. Alguns
povos e culturas consideram as aranhas como as grandes tecelãs do universo. No Salgueiro,
elas trazem consigo grandes hastes que representam  agulhas nas quais tramam todo um
balé que reconstitui simbolicamente o equilíbrio entre as energias cósmicas que atuam no
grande espetáculo do surgimento da vida. Para estes pequenos seres, sua teia é seu
universo! Serve como alçapão para capturar seu alimento (insetos que nela ficam presos),
além de local para acasalamento e criação da prole que garante a continuidade da espécie.
Também é o seu leito e despensa, onde deixam o alimento futuro guardado. Enfim, sua
própria casa! Ampliar a visão sobre estes fenômenos nos indica significações que se
descortinam no processo de evolução dos seres e seus ambientes, cujos ciclos são
fundamentais para o equilíbrio universal. Um convite à arte da contemplação, esta
manifestação humana que traduz a incrível experiência de enxergar o que é realmente
essencial nesta grande teia que se chama universo”.
Coreógrafo(s): Marcelo Misailidis.
Pontuação: 10 – 10 – 9,9 – 9,9


ACADÊMICOS DA ROCINHA 
ENREDO: “Felicidade não tem preço”.
CARNAVALESCO(S): Alex de Souza.
Componentes: 14 masculinos.
Nome da fantasia: “Aparência, nada mais...”
O que representou: “Quatorze figuras simbolizam o que representamos em uma sociedade
de consumo, onde muitas vezes mais vale TER DO QUE  SER. Semelhantes a bonecos
articulados, todos iguais, totalmente despojados COM UMA MÃO NA FRENTE E
OUTRA ATRÁS. Esses personagens têm o mesmo nome: ‘João Ninguém’, são como um
qualquer na multidão. Eles têm como objetos de adoração sete adereços, sete trajes feitos
de notas de dinheiro, jóias, e outras riquezas, que uma vez trajados dão ao seu usuário A
MUDANÇA DE HÁBITO, de comportamento, e de vida, ou  a ilusão da imagem. Essas
verdadeiras ‘máscaras’ de corpo inteiro são inspirados nos aristocratas, representados no
filme MY FAIR LADY, a clássica estória de alguém do povo que passa por uma
transformação, recebe um ‘verniz’ e se passa por alguém da alta. A partir daí esses seres
privilegiados serão vistos e tratados de maneira diferente, tornam-se ‘João Alguém’. Mas a
coreografia também mostra como ‘os personagens’ podem mudar de papel a qualquer
momento. Essa primeira cena abre a trajetória de conquista, de realização dos sonhos de
consumo que atingem milhões de pessoas, milhões de ‘Joãos’ que querem ser alguém. E de
trilhar um caminho onde o dinheiro é tido como meio e a felicidade seria o fim”.
Coreógrafo(s): Jussara Pádua.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,7 – 9,3


IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
ENREDO: “Um por todos e todos por um”.
CARNAVALESCO(S): Rosa Magalhães.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Mosqueteiros”.
O que representou: “... a Comissão de Frente buscará uma proposta ousada e criativa de
coreografia para impactar e emocionar mais uma vez a Sapucaí, sem esquecer a sua função
primordial de saudar o público e apresentar a escola. Utilizando um tipo de recurso
cenotécnico nunca experimentados por este grupo, o  trabalho deste ano se inspira nos
filmes épicos para contar a história de Garibaldi, este grande herói brasileiro, em forma de
pantomima”.
Coreógrafo(s): Fabio de Mello.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,9 – 9,8

CAPRICHOSOS DE PILARES 
ENREDO: “Na folia com o Espírito Santo, o Espírito Santo caprichou!”
CARNAVALESCO(S): Chico Spinosa.
Componentes: 12 masculinos e 03 femininos.
Nome da fantasia: “O embate inicial”.
O que representou: “Nessa noite de Carnaval entra na Avenida dos desfiles uma tribo azul e
branco, uma tribo suburbana. É a tribo Pilares invadindo terras até então desconhecidas. Essa
tribo é na verdade uma fusão das tribos já encontradas no Espírito Santo no momento do seu
descobrimento. Botocudos e Goitacazes se unem ao suburbano carioca e lutam em busca do
conhecimento e sabedoria. No Carnaval relembramos os rituais de antropofagismo, devorando
as culturas e o legado deixado por nossos antepassados”.
Coreógrafo(s): Paulo Mantuano.
Pontuação: 9,7 – 9,7 – 9,7 – 9,6


UNIDOS DE VILA ISABEL
ENREDO: “‘Soy loco por ti, América’: a Vila canta a latinidade”.
CARNAVALESCO(S): Alexandre Louzada.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Si, nosotros tenemos bananas...”
O que representou:  “A fantasia representa uma brincadeira bem humorada a respeito da
forma jocosa pela qual ficaram conhecidas as Repúblicas Latino-Américas (Repúblicas de
Bananas). A banana foi um dos típicos produtos de exportação dos países da América Central,
Caribe e Equador. Nesses ‘Enclaves Bananeiros’, a empresa norte-americana United Fruit Co.,
possuidora de várias propriedades de terras nos países latino-americanos, foi a principal
produtora e vendedora de bananas. Por volta de 1930, a América Central exportava 38
milhões anuais de cachos. Daí, a expressão que identificou por muitos e muitos anos as
Nações da América Latina. Os quatorze componentes da Comissão de Frente estarão
agrupados em sete duplas. Cada uma das duplas estará trajando uma indumentária que mescla
a banana com o traje típico de um país latino-americano. Os países latino-americanos são: 112
Argentina, Bolívia, Venezuela, Cuba, México, Brasil e Uruguai. O décimo quinto componente
da Comissão de Frente virá interpretando o personagem de Carmen Miranda, ícone da
brasilidade. Ela virá no alto da alegoria que acompanhará a Comissão de Frente. As bananas
em sua coreografia farão uma saudação à cantora”.
Coreógrafo(s): Roberto Lima.
Pontuação: 10 – 10 – 9,8 – 9,8


ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
ENREDO: “Amazonas, o Eldorado é aqui”.
CARNAVALESCO(S): Roberto Szanieck.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Expedição rumo ao Eldorado”.
O que representou:  A fantasia da Comissão de Frente marca o início da expedição de
Francisco Orellana rumo ao tão sonhado Eldorado.
Coreógrafo(s): Renato Vieira.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,8


BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS
ENREDO: “Poços de Caldas derrama sobre a terra suas águas milagrosas – do caos inicial à
explosão da vida – água, a nave-mãe da existência”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval (Laíla, Cid Carvalho, Fran-Sérgio, Shangai e
Ubiratan Silva).
Componentes: 04 masculinos e 11 femininos (Alessandra Oliveira (Netuno), Augusto Vargas
(Caos), Daniele Gomes (Lua), Daniele Santos (Plutão), Denis Gonçalves (Ar), Fernando Júlio
(Terra), Júlia Nogueira (Vênus), Kelly Machado (Mercúrio), Mônica Victorino (Saturno),
Natália Carvalho (Júpiter), Paloma Lago (Fogo), Paula Porto (Terra), Sandro Silver (Água),
Valéria Portela (Urano) e Vivian Borges (Marte)).
Nome da fantasia: “Singularidade – a origem do universo e do planeta água”.
O que representou: “Acredita-se que o universo teve um começo, e que esse começo se deu
com o Big Bang, uma monumental explosão em meio ao caos, ocorrida entre 10 e 15 bilhões
de anos atrás, denominado  singularidade pelos cientistas. Uma pequena partícula originou
milhares de outras partículas e, então, o universo  tal como o conhecemos, originando o
espaço, o tempo, a radiação, a matéria e a tudo que nele existe. Surgem assim os quatro
elementos: o fogo, a água, a terra e o ar. Hoje, ao olhar o céu, sabemos estar contemplando um
espaço imenso, onde se situam bilhões de galáxias, grandes aglomerações de matéria cósmica.
Cada galáxia, por sua vez, é constituída por bilhões de estrelas. O Sol é uma estrela em torno
da qual orbitam nove planetas, um deles a Terra,  o Planeta Água. O Sol e seus planetas,
alguns dos quais possuem um ou mais satélites ao redor, constituem o Sistema Solar,
localizado em uma galáxia chamada Via Láctea”.
Coreógrafo(s): Ghislaine Cavalcanti.
Pontuação: 10 – 9,9 – 9,8 – 9,7

UNIDOS DO PORTO DA PEDRA
ENREDO: “Bendita és tu entre as mulheres do Brasil”.
CARNAVALESCO(S): Cahe Rodrigues.
Componentes: 04 masculinos e 11 femininos. 113
Nome da fantasia: “O mito platônico da criação”.
O que representou: (?)
Coreógrafo(s): Renata Monier.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,8 – 9,7

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 
ENREDO: “Nas águas do Velho Chico, nasce um rio de esperança”.
CARNAVALESCO(S): Max Lopes.
Componentes: 09 masculinos e 06 femininos.
Nome da fantasia: “Velho Chico – sua gente, suas lendas e vida”.
O que representou: (?)
Coreógrafo(s): Carlinhos de Jesus e Marcelo Moragas.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,9

UNIDOS DO VIRADOURO
ENREDO: “Arquitetando folias”.
CARNAVALESCO(S): Mario Monteiro, Kaka Monteiro e Milton Cunha.
Componentes: 09 masculinos e 06 femininos.
Nome da fantasia: “Porta”.
O que representou:  “A Arquitetura é espaço, portanto a Porta é o elemento/símbolo de
entrada nesse espaço: A Porta possui uma função primordial na Arquitetura: ela é a membrana
mais fina entre o espaço interno e o externo. A porta é a síntese do conceito arquitetônico já
que permite: entrar e sair, começar e terminar, encher e esvaziar. A Porta é o indicar do
simbólico da entrada de um espaço, portanto ela é fachada, a face, o rosto. Esta cena
coreografada ou esta coreografia que é uma cena utiliza-se de 07 portas que abertas permitem
a passagem para dentro da escola, o lugar mágico onde a folia arquitetada acontece e o sonho
pode até se realizar. Nesse espaço de tempo, a vida vai tentando acompanhar o relógio abrindo
e fechando portas. Na busca pela comunicação e a partir dela chegar à emoção
atores/dançarinos/foliões se transformam em seres misteriosos urbanos, carnavalescos. Sua
função é contar e recontar suas estórias cotidianas entre portas que se abrem para o possível e
se fecham ao inevitável ou vice-versa. As Portas e  seus habitantes que preenchem o espaço
arquitetônico que é a Avenida criam um fluxo constante de ir e vir, juntar e separar, eleger e
largar”.
Coreógrafo(s): Deborah Colker e Ulysses Cruz.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,9

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL 
ENREDO: “A vida que pedi a Deus”.
CARNAVALESCO(S): Mauro Quintaes.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “A grande luta: apocalípticos x apoteóticos”.
O que representou:  “Vai começar uma grande batalha. Seres fantásticos, sobrenaturais
chegam ao desfile da Mocidade para travar uma luta pelo domínio do mundo. De um lado, as
forças do mal, seres apocalípticos com a missão de  espalhar quatro pragas sobre a Terra, 114
ajudados por espíritos malignos. Do outro, os apoteóticos, que tentam nos livrar dos domínios
do mal, trazendo boas energias para a humanidade. Quem irá vencer este embate?”
Coreógrafo(s): Ana Botafogo.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,8 – 9,8

UNIDOS DA TIJUCA
ENREDO: “Ouvindo tudo o que vejo, vou vendo tudo o que ouço”.
CARNAVALESCO(S): Paulo Barros.
Componentes: 13 masculinos.
Nome da fantasia: “Prelúdio”.
O que representou:  “A ópera é precedida por um grande prelúdio. A Comissão de Frente
vem composta por treze componentes caracterizados de Mozart, que vão representar essa
introdução ao enredo. De forma surpreendente, os personagens fazem surgir teclas de um
piano que se juntam formando um teclado. Doze teclas e um Mozart evoluem na Avenida para
anunciar o início da ópera. Além disso, o teclado representa uma forma de reverenciar Mozart,
que compunha em cravo e piano desde os seis anos de idade”.
Coreógrafo(s): Sergio Lobato.
Pontuação: 10 – 10 – 10 – 9,8

 IMPÉRIO SERRANO
ENREDO: “O império do divino”.
CARNAVALESCO(S): Paulo Menezes.
Componentes: 03 femininos e 12 masculinos (Denise Acquarone, Juliana Acquarone,
Tatiana de Almeida, Antônio Henrique, Cláudio Pfeil, Edson Basílio, Hugo Rafael, Jorge
Allan, Lucinei Santos, Luzimarcos, Marcelo Ramos, Marcelo Gonçalves, Paulo Guimarães,
Rafael Cruz, Sérgio Athaide e Walmir Souza).
Nome da fantasia: “Os caminhos da fé”.
O que representou: “Uma procissão feita por romeiros que representam os personagens mais
alegóricos de nosso folclore. Teremos personagens da cavalhada, do reisado, da congada, do
maracatu, do pastoril, da folia de reis em movimentos que nos lembram várias passagens
folclóricas e religiosas, apoiados por um andor que em determinados momentos ganha ares de
festa do Divino, do Círio de Nazaré, de procissões  e romarias e o imaginário popular vai
definir o que aquilo representa no momento, no coração de cada assistente”.
Coreógrafo(s): Nino Giovanetti.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,8 – 9,7


PORTELA
ENREDO: “Brasil marca tua cara e mostra para o mundo”.
CARNAVALESCO(S):  Amarildo de Mello e Ilvamar Magalhães.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “A águia abraça a todos os povos”.
O que representou:  “...estará representando a receptividade do brasileiro ao acolher, sem
qualquer discriminação e/ou diferenciação, todos os povos que escolheram esta terra para
viver. Suas fantasias, com águia (nosso símbolo) na parte da frente e indumentária de algumas
etnias na parte traseira traduzem a mistura dessas  etnias, que vieram compor a  CARA DO
POVO BRASILEIRO. A Comissão utiliza uma coreografia, com bailados  diferentes, 115
buscando demonstrar ao resto do mundo, através da maior festa popular –  o carnaval –  ser
possível reunir tantos povos, vivendo em paz e harmonia”.
Coreógrafo(s): Gerônimo.
Pontuação: 9,8 – 9,7 – 9,7 – 9,6

FONTE: "Abre alas - LIESA"

Comissões de frente 2005

Neste ano, a campeã foi a Beija-Flor, com o enredo O Vento que corta as terras dos
Pampas. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete Povos na Fé e na dor... Sete
Missões de Amor.

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL 
ENREDO: “Buon Mangiare, Mocidade! A arte está na mesa”.
CARNAVALESCO(S): Paulo Menezes.
Componentes: 03 femininos e 12 masculinos.
Nome da fantasia: “Trupe independente de Padre Miguel”.
O que representou:  “...abre o espetáculo como uma grande caravana mambembe de
commedia dell’arte, convidando todo o público a assistir um grande espetáculo de arte. Os
maiores personagens da Commédia Italiana estarão presentes nesta trupe. Estarão conosco
Brighella, Arlecchina, Colombina, Pulcinella, Capitan Fracasse, Pierrot, II Dottore, Scapino,
Pantalone, Enamorado, Scaramuccia e o famoso Arlecchino. A estes personagens estarão
aliados a graça e a alegria de apresentar a Mocidade Independete de Padre Miguel”.
Coreógrafo(s): Luciana Yegros.
Pontuação: 9,9 – 9,7 – 9,6 – 9,5

IMPÉRIO SERRANO
ENREDO: “Um grito que ecoa no ar (Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio)”.
CARNAVALESCO(S): Ilvamar Magalhães.
Componentes: 01 feminino e 14 masculino.
Nome da fantasia: “Bem e Mal (o duelo)”.
O que representou: “o grande duelo entre o Bem e o Mal”.
Coreógrafo(s): Jussara Pádua.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,5 – 9,4

 ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
ENREDO: “Do fogo que ilumina a vida, Salgueiro é chama que não se apaga”.
CARNAVALESCO(S): Renato Lage e Márcia Lávia.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: "O fogo que ilumina a vida"
O que representou:  “O Salgueiro abre o seu desfile com a apresentação  da lenda da
disseminação do fogo entre os homens, segundo a Mitologia Grega. Dos céus, Prometeu traz a
chama sagrada que iria mudar história do mundo. Com o domínio do fogo, o homem assegurou
sua superioridade sobre todos os outros animais, disputando com vigor seu espaço na natureza.
Na dança da evolução, o elemento torna-se elo fundamental para o desenvolvimento humano,
libertando-o das correntes que o aprisionam à escuridão da noite, aos rigores do tempo e ao
ambiente hostil e desconhecido em que habita. Acesa a chama do conhecimento, o homem
primitivo conquista vitórias e se destaca dos outros animais. As correntes de Prometeu
transformam-se em elos da trama que se desenha nos  primeiros tempos, quando o fascínio
deste elemento incandescente encantava e assombrava os hominídeos, seres movidos pelo
instinto de sobrevivência; transfiguram-se em elemento de ligação que une os homens
primitivos a si mesmos e ao poder Divino. Representam a luta pela conquista do fogo na
grande trama da evolução. Na ânsia pelo domínio do elemento e, através dele, do homem pelo
próprio homem, nasce o amor ao Carnaval, esta grande caldeira de sonhos e sentidos que se faz
combustível da eterna chama da vida. Do legado de Prometeu à humanidade, surge o calor
intenso que faz arder a alma pelo amor a uma bandeira de cores quentes como o fogo, servindo
de veículo  para celebrar o acender da vida que (re)nasce e pulsa em cada coração e no sangue
vermelho que ferve nas veias de todo folião. A fagulha incandescente do amor ao samba, que
se espalha feito brasa, calor que arrepia, que nos torna mais vivos na intensa combustão do
Carnaval. É o brilho que ilumina a vida. E a chama que não se apaga”.
Coreógrafo(s): Marcelo Misailidis.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0 – 9,9

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 
ENREDO: “Mangueira energiza a Avenida. O Carnaval é pura energia e a energia é o nosso
desafio”.
CARNAVALESCO(S): Max Lopes.
Componentes: 03 femininos e 12 masculinos.
Nome da fantasia: “Mangueira, energia e vida”.
O que representou: (?)
Coreógrafo(s): Carlinhos de Jesus.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 9,8 – 9,4

UNIDOS DA TIJUCA
ENREDO: “Entrou por um lado, saiu pelo outro... Quem quiser que invente outro” .
CARNAVALESCO(S): Paulo Barros.
Componentes: 01 feminino e 14 masculinos.
Nome da fantasia: “O imaginário de Dom Quixote”.
O que representou: “A Comissão de Frente é palco para que entre em cena D. Quixote de
La Mancha. O fidalgo, personagem emblemático criado por Miguel de Cervantes, simboliza
a capacidade de conquistar sonhos vencendo a realidade de um mundo em desencanto. Esse
aventureiro da ilusão, sua amada Dulcinéia del Toboso e o amigo Sancho Pança representam
a tensão entre viver uma realidade triste e medíocre ou se deixar envolver pela fantasia,
realizando grandes feitos, conquistando novas terras, vencendo ou perdendo memoráveis
batalhas. Dulcinéia aparece aqui representada como Aldonça de Lourenço, amada  e senhora
dos pensamentos do cavaleiro errante e um vizinho amigo, eleito por D. Quixote, o seu leal
escudeiro. Ambos tentam demover D. Quixote da idéia de atravessar sua lança nos moinhos
de vento que o mesmo reconhece como desaforados gigantes em seu imaginário. Mas não
obtêm êxito, pois que dos moinhos entram e saem os  personagens/habitantes de lugares
imaginários apresentados durante o desfile da Escola. D. Quixote continua seu caminho, que,
para além das cenas descritas em Cervantes, percorre diversos outros lugares vivendo
emocionantes aventuras. A Comissão de Frente apresenta seis torres que se movem
percorrendo a Passarela do Samba. Elas representam moinhos de vento estilizados e suas pás
remetem à imagem da cauda do Pavão, símbolo da Unidos da Tijuca. A cena se desenvolve
sugerindo o diálogo entre os três personagens. Quando as torres param, de dentro das
mesmas saem habitantes de alguns dos lugares imaginários a serem apresentados pela Escola:
o Visconde de Sabugosa, o Rei Arthur, o Fantasma de Canterville, o Diabo, o Conde Drácula
e o Macaco serão alguns dos personagens que vão revelar seus lugares e suas histórias ao
longo do desfile”.
Coreógrafo(s): Nino Giovanetti.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0 – 9,9

TRADIÇÃO 
ENREDO: “De sol a sol, de sol à soja... – Um negócio da China!”
CARNAVALESCO(S): Mario Borriello.
Componentes: 06 femininos e 06 masculinos (Bailarinos do Teatro Municipal).
Nome da fantasia: “Viagem no Yangt-Su, de uma dinastia milenar, à nossa pátria mãe gentil!”
O que representou:  “Nessa viagem pelo Rio Yangt-Su, a Comissão de Frente saúda todo
público e percorre o caminho rumo à grande Festa oferecida pelo Imperador em comemoração
ao grão sagrado. Da dinastia milenar chinesa à nossa Pátria Mãe Gentil, fundem-se valores
sociais, tradições e culturas dessas duas nações, do fruto da Terra e que com toda vocação
agrícola, transformaram o sucesso da colheita em fonte de vida e riqueza. Criando assim um
elo entre Brasil e China, que hoje a Tradição exalta na Sapucaí”.
Coreógrafo(s): Sergio Lobato.
Pontuação: 10,0 – 9,9 – 9,9 – 9,8

UNIDOS DE VILA ISABEL
ENREDO: “Singrando em mares bravios... Construindo o futuro”.
CARNAVALESCO(S): Joãosinho Trinta.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Olokum e sua Corte”
O que representou: “Olokum abre os caminhos para a escola contar a história das navegações.
A coreografia remete às profundezas do mar a corte do Sr. dos Mares. A proposta da Comissão
de Frente tanto em fantasia como em termos de coreografia é mostrar a pompa, poder e força
deste Deus. O coreógrafo Jaime Arôxa apresenta com vigor e garra buscando transmitir o mais
perto da realidade. Todo o quadro (figuras e adereços) baseado na linha africana, as formas de
Benin. A performance será distribuída em 2 personagens: 1º - Olokum (Deus dos Mares,
segundo lenda africana) 2º - 14 guardiões da Corte do Deus. A performance da Comissão de
Frente será desenvolvida com um elemento alegórico sobre rodas representando o Templo de
Olokum”.
Coreógrafo(s): Jaime Arôxa.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,8 – 9,8

UNIDOS DO PORTO DA PEDRA 
ENREDO: “Carnaval – Festa Profana” (Reedição).
CARNAVALESCO(S): Alexandre Louzada.
Componentes: 11 femininos e 04 masculinos.
Nome da fantasia: “A Corte do Rei da folia”.
O que representou: “Todo Rei tem seu castelo. O nosso Rei Momo, o dono da folia, também
tem o seu. A pequena alegoria que acompanha a comissão de frente representa a soberania
Real. No alto do castelo, como em toda a corte medieval, tremula uma bandeira emblemática.
Essa flâmula é uma pequena e singela homenagem ao G.R.E.S. União da Ilha, madrinha do
G.R.E.S. Unidos do Porto da Pedra, que realizou com brilhantismo, no ano de 1989, a primeira
edição do enredo Carnaval – Festa Profana. Do grande portal deste castelo, o Rei e seus súditos
partem para mostrar o seu carnaval, s Festa Profana, que agora se realiza novamente pela Porto
da Pedra, na Marquês de Sapucaí. A figura do Rei Momo em seu traje tradicional comanda o
seu séqüito formado por 14 bailarinos vestindo uma  fantasia de Pierrot, que no decorrer do
desfile se utilizam de suas golas como elemento cênico, para criar desenhos coreográficos, bem
como uma transformação em Colombina, que ao mesmo tempo, ao empenharem as bandeiras
que ladeiam o pequeno castelo, dançam como porta-bandeiras, fazendo uma homenagem às 14
agremiações do Grupo Especial”.
Coreógrafo(s): Renata Monier.
Pontuação: 9,9 – 9,9 – 9,8 – 9,7

CAPRICHOSOS DE PILARES
ENREDO: “Carnaval, doce ilusão – A gente se encontra aqui, no meio da multidão! 20 anos de
Liga”.
CARNAVALESCO(S): Chico Spinosa.
Componentes: 01 feminino e 14 masculinos.
Nome da fantasia: “Quero ser a pioneira a erguer minha bandeira e plantar minha raiz”.
O que representou: “O maior conceito do carnaval da Caprichosos de Pilares em 2005 vem
vinculado à performance criada pela comissão de frente. Quatorze Escolas de Samba se
encontram no palco de todas as ilusões para celebrarem o sucesso de uma entidade que
completa 20 anos proporcionando crescimento e profissionalização ao carnaval carioca.
Representadas por 14 porta-bandeiras, as Agremiações bailam na Avenida conduzidas por um
único mestre-sala. É a Liesa com toda a sua classe fazendo deslizar na passarela um espetáculo
cada vez mais organizado. Através de um toque de irreverência encontraremos nesse cortejo
uma verdadeira troca de papéis”. 108
Coreógrafo(s): Beth Oliosi.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,8 – 9,7

UNIDOS DO VIRADOURO 
ENREDO: “A Viradouro é só sorriso”.
CARNAVALESCO(S): Mauro Quintaes.
Componentes: 04 femininos e 11 masculinos (Luciana Zola Bahia,  Nana Alves, Daniele
Araújo Rodrigues, Gerli da Silva, Alexandre Henrique Léo Marques, Diego Vieira Borba
Oliveira, Paulo Vinicius, Airton Tenório, Thiago Sancho ribeiro, Fernando César Magalhães,
Rodrigo César Verneque, Eduardo de Oliveira Freitas, Jéferson Antonio, Mauricio A. de
Castro e Anton Coucheiro Failde).
Nome da fantasia: “Criadores do sorriso”.
O que representou: “Esta Comissão de Frente tem como conceito a idéia de que todo palhaço
é um pouco embaixador do sorriso e da melancolia humana. Desenvolvida através de uma
intensa pesquisa, desde ‘O Circo no Brasil’, de Antônio Torres, passando por ‘Clown’ de
Fellini, até Carlos Manga e seu ‘Assim era Atlântida’ - entre outros – esta Comissão mostra o
maior dos criadores de sorrisos e gargalhadas em suas duas grandes divisões:  . Os de rosto
branco, mais conhecidos como ‘Biancos’. Eles têm sua origem nos saltimbancos e na Comédia
Dell’Arte Italiana.  . Os ‘Toni’, assim chamados aqueles palhaços de voz  estridente, roupas
extravagantes, sempre tentando aplicar uma pegadinha nos mais ingênuos. Carequinha do Rio
e Piolin de São Paulo são dois bons exemplos.
A Comissão está dividida em três partes: 1) Chaplin: uma enorme bota, réplica da usada pelo
‘Vagabundo’, leva a trupe pelas estradas, procurando as risadas de quem que e quem precisa
rir. 2) Anunciação: onde Clowns, biancos e tonis anunciam a chegada do sorriso, chamando a
atenção de público com cornetas e pratos. 3) A Comissão apresenta sua trupe composta por
quinze Tonis representando a graça farsista, o elemento espontâneo, o próprio sorriso. Aqui as
brincadeiras correm soltas, a anarquia se estabelece, a vaidade e o ego são elevados à altura de
voltagens perigosas.
Observações: Embora as denominações aqui sejam comuns entre os circenses, o público
brasileiro não conhece a diferença entre um e outro tipo de palhaço. Até porque, nos circos
modernos, a figura de Clown bianco está em extinção e restam poucos espalhados no mundo.
Sendo assim, para o grande público, um Clown é apenas um palhaço igual a todos os outros.
Este trabalho resgata um pouco desta figura perdida no tempo e na nossa memória, mas que
será certamente fácil de reconhecer”.
Coreógrafo(s): Débora Colker e Ulysses Cruz.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0 – 10,0

PORTELA 
ENREDO: “Nós podemos: oito idéias para mudar o mundo”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval (Amarildo de Mello e Nelson Ricardo).
Componentes: 08 femininos e 07 masculinos (Grupo de dança contemporânea, formado por
jovens adolescentes oriundos da Escola de Dança Alice Arja).
Nome da fantasia: “Escatologia do mundo”.
O que representou:  “Em pesquisa feita baseada a partir da obra do pintor Bosh e
acontecimentos da contemporaneidade, apresentaremos uma abstração composta pelas diversas
formas da bizarra degradação e destruição da humanidade, seu habitat, seu ethos de
convivência e autodestruição. O Mundo está doente”.
Coreógrafo(s): Alice Arja.
Pontuação: 9,9 – 9,8 – 9,7 – 9,6

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
ENREDO: “Uma delirante confusão fabulística”.
CARNAVALESCO(S): Rosa Magalhães.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Cisnes”.
O que representou: “...representa a alma do artista Andersen. Pobre, feio e pouco instruído,
depois de muito trabalho e estudo, se transforma num grande escritor, conhecido
mundialmente. Referências de outros cisnes famosos: ‘O Lago dos Cisnes’ em alguns
momentos da coreografia”.
Coreógrafo(s): Fabio de Mello e Vitor Vidal.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0 – 10,0

ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
ENREDO: “Alimentar o corpo e a alma faz bem”.
CARNAVALESCO(S): Roberto Szaniecki.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Folhas mágicas de Gaia”.
O que representou: “...vem trajando uma fantasia que representa Folhas Mágicas sopradas por
Gaia, que soltas ao vento espalharão o verde por todo o universo; a semente do ‘verde’ é
representada pela alegoria que complementa a Comissão de Frente”.
Coreógrafo(s): Renato Vieira.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0 – 10,0


BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS
ENREDO: “O vento corta as terras dos pampas – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Guarani – Sete povos na fé e na dor, sete missões de amor”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval (Laíla, Cid Carvalho, Shangai, Fran-Sérgio e
Ubiratan Silva).
Componentes: 08 femininos e 07 masculinos (Alessandra de Oliveira, Giselle Souza, Júlia
Nogueira, Kelly Xavier Machado, Mônica Victorino, Simone Azevedo, Valéria Portela, Vivian
Borges, Alex Santana, Antônio Henriques, Augusto Vargas, Eliano Lettieri, Luciano Farizel,
Marllos Fraga, Thiago Corrêa).
Nome da fantasia: “Poder e sedução – a vinda de um novo rei”.
O que representou: “Duas grandes armas... Duas formas de conquista... A inveja e a ganância
de um rei confronta duas grandes armas humanas. De  um lado a imponência e força de um
exército avassalador – Os Centuriões – O poder; de outro o encantamento e beleza da lascívia
feminina – As Messalinas – A Sedução. O duelo entre essas duas poderosas forças decidirá o
destino da humanidade”.
Coreógrafo(s): Ghislaine Cavalcanti.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0 – 10,0

FONTE: Livro "Comissão de Frente: Alegria e Beleza pedem passagem" de Júlio César Farias