domingo, 27 de novembro de 2011

Comissões de frente 2001

Neste Ano, a campeã foi a Imperatriz Leopoldinense com o enredo Cana-Caiana, cana
roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco... Quero vê Descê o Suco, na Pancada do
Ganzá.

PARAÍSO DO TUIUTI 
ENREDO: “Um mouro no Quilombo: isto a história registra”.
CARNAVALESCO(S): Paulo Menezes.
Componentes: 13 masculinos.
Nome da fantasia: “A fascinante história do capitão mouro”
O que representou: “...numa alusão ao título do livro que inspirou o enredo. Sua coreografia
sugere um isto de atividade bélica, com o jogo de catanas, aliada à solidariedade humana e à
amizade”.
Coreógrafo(s): Angela Salles.
Pontuação: 9,0 – 8,5 – 8,5

TRADIÇÃO 
ENREDO: “O homem do baú – hoje é domingo, é alegria. Vamos sorrir e cantar”.
CARNAVALESCO(S): Orlando Junior.
Componentes: 14 masculinos (Bailarinos do Teatro Municipal).
Nome da fantasia: “Midas – deus do ouro”.
O que representou:  “Com gestos sincronizados, fazendo lembrar os deuses em várias
ocasiões: meditando, jogando, palestrando e muito mais”.
Coreógrafo(s): Lima.
Pontuação: 10,0 – 9,5 – 9,5

 UNIDOS DA TIJUCA 
ENREDO: “Tijuca com Nelson Rodrigues pelo buraco da fechadura”.
CARNAVALESCO(S): Chico Spinosa.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Do desejo à censura”.
O que representou: “Um passeio na obra de Nelson Rodrigues.” “Pretendeu sintetizar o
confronto entre desejo e censura. A principal figurante apareceu vestida de noiva, referência a
uma das obras do escritor. Na performance, surgem homens fantasiados de peste para
endeusar a mulher, que também é pornográfica e ousada por baixo do vestido”.
Coreógrafo(s): Marcelo Misailidis.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

ACADÊMICOS DO SALGUEIRO
ENREDO: “Salgueiro no mar de Xarayés, é Pantanal, é Carnaval”.
CARNAVALESCO(S): Mauro Quintaes.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Guerreiros Guaykuru”.
O que representou:  “Representa guerreiros Guaykuru. Num fusionismo de  movimento
rítmico, e imaginário, a Comissão de Frente com a indumentária intitulada “Guerreiros
Guaykuru” é, na verdade, uma exaltação àquela Nação que, em lutas e negociações em defesa
da região, transformou o que é hoje o Estado do Mato Grosso do Sul num território brasileiro.
(...) A Comissão de Frente... utiliza-se de simbolismo para revelar ao mundo as riquezas de
uma nação indígena pouco difundida entre nós: a Nação Guaykuru. O coreógrafo, através de
movimentos característicos, alia a agressividade dos guerreiros com o gestual lúdico das lutas,
demonstrando, sobretudo a dignidade deste povo”.
Coreógrafo(s): Caio Nunes.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
ENREDO: “Paz e harmonia, Mocidade é alegria”.
CARNAVALESCO(S): Renato Lage e Márcia Lávia.
Componentes: 10 masculinos e 04 femininos.
Nome da fantasia: (?)
O que representou: Era um jogo de hóquei, representando a luta do bem contra o mal.
Coreógrafo(s): Cláudio Baltar, Vanda Jakuas, Beth Martins e Steven Hater.
Pontuação: 9,5 – 9,0 – 9,0

PORTELA
ENREDO: “Querer é poder”.
CARNAVALESCO(S): Alexandre Louzada.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Guardiões da águia real”.
O que representou: “...simboliza os famosos ‘Soldiers de L’Aigle a Deux Tétes’, defensores
de uma das mais belas lendas: Águia de Duas Cabeças. Essa figura mítica é a mais perfeita
simbiose do hermafroditismo simbólico e representa a união numa só figura das características
dos dois sexos. Uma das cabeças: a força e a coragem do sexo masculino, na outra a argúcia e
a destreza do sexo feminino, resumindo: o Bem e o Mal, a guerra e a paz e etc... Essa figura
simbólica está presente na Águia Branca da Polônia, na Águia Negra da Rússia e até mais
próximo na Águia Mexicana de Maximiniano. Procuramos retratar essa dualidade na figura de
um homem aprisionado em trajes femininos, se comportando ora com um, ora com outro. Sua
guarda são figuras de espadachins a nobreza francesa, como o convencional, procuramos tirar
o preciosismo do romantismo e optamos pela universalidade militar, para tanto preferimos não
usar bailarinos para evitar o formalismo estudado dos gestos e usar jovens da comunidade,
militares ou não, impondo assim, um vigor mais prussiano. A Comissão de Frente está
dividida em três etapas, ou seja: 1 – apresentação dos ‘Soldiers de L’Aigle a Deux Tétes’; 2 –
lutas em defesa de sua Águia (Domínio da cabeça masculina); 3 – a paz, a dança e a
inteligência (Domínio da cabeça feminina)”.
Coreógrafo(s): Gabriel Cortes.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

BEIJA-FLOR DE NILÓPOLIS
ENREDO: “A saga de Agotime. Maria Mineira Naê”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval (Fran-Sérgio, Ubiratan Silva, Cid Carvalho,
Nelson Ricardo e Shangai).
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “O ritual sagrado à pantera negra”.
O que representou: “A coreografia da Comissão de Frente alterna-se entre uma dança, alegre
inspirada no povo Jêje e a estilização do ritual sagrado à Pantera Negra. A rainha Agotime,
quando aprisionada por Adandoza, foi enclausurada noclã das esposas-panteras, tornando-se
uma Kposis. Isso significava um tipo de escravidão, servidão sem o privilégio de ter o
controle sobre sua própria existência, seus Voduns  e rituais e seus senhores e que por fim,
seriam sacrificadas à Pantera em um ritual sagrado. A pantera Agassoú é o símbolo do fetiche
real, comum a todos os Panteões. É o principio da predominância, o rei das feras, o mais forte
e bravo dos animais. Não pode ser sacrificada, é um fetiche dos reis para ser adorada e
venerada. Adandoza, temendo seus grandes conhecimentos e poderes, condenou Agotime a
servir à Pantera Negra, pensando assim que diminuiria sua majestade e a impediria de lhe
fazer mal enquanto reinasse. Entretanto, o trabalho de Agotime destacou-se dentre as outras
Kposis, tornando-se aquela que, por seus poderes, seria soberana a todas as outras. No ritual,
as Kposis exibiam-se em danças onde suplicavam para não serem as escolhidas, rogando aos
seus Voduns para que não as abandonassem. Agotime as observava e com sua intuição, como 87
se estivesse dominada pelo espírito do animal, apontava pela Pantera para o sacrifício.”
“Simulou a transformação de uma virgem em pantera negra, num ritual de magia”.
Coreógrafo(s): Ghislaine Cavalcanti.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

IMPÉRIO SERRANO
ENREDO: “O Rio corre para o mar”.
CARNAVALESCO(S): Silvio Cunha, Ernesto Nascimento e Actir Gonçalves.
Componentes: 11 masculinos e 04 femininos (alunos formados pela Escola Nacional de
Circo).
Nome da fantasia: “As gaivotas”.
O que representou: “Representa o símbolo do Porto do Rio, as gaivotas que sobrevoavam a
‘Baía de Guanabara’ com uma visão privilegiada da cidade do Rio de Janeiro”.
Coreógrafo(s): Paulo Fernandes Mazoni.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

CAPRICHOSOS DE PILARES
ENREDO: “Goiás, um sonho de amor no coração do Brasil”.
CARNAVALESCO(S): Jaime Cezário.
Componentes: 12 masculinos.
Nome da fantasia: “Os arautos de Dom Bosco”.
O que representou:  “A estrela da liberdade anuncia um novo tempo, nova era para a
humanidade: a Era de Aquário. A abertura do Sétimo Selo, dos Sete Caminhos, Sétimo Raio e
a atuação da Misericórdia Divina prenunciam a ressurreição da Paz, do Amor, da Harmonia,
da Prosperidade e da Suprema Sabedoria do Planeta.  As profecias de Dom Bosco já
determinavam no século XIX que seria na região do Planalto Central Brasileiro, mais
precisamente no coração do Brasil, a região em que  emergirá uma nova civilização para o
planeta fundamentada no Amor! Esta região é precisamente a do estado de Goiás, que através
dos sete caminhos percorridos e na junção dos elementares se fará brilhar o Amor! Abrindo o
portal da era de Aquário surgem os arautos de Dom Bosco, seres inimagináveis que têm a
função de abrir os sete caminhos para o Amor. De um simples encontro de um jovem casal
surgirá o processo que fará os sete caminhos serem percorridos por um jovem apaixonado que
se despe das vaidades e segue de coração puro ao encontro de sua amada. No final os
elementares serão reunidos para que dessa fusão possa ser cumprida a profecia do
aparecimento do amor verdadeiro. Num misto de sonho e realidade a comissão de frente da
Caprichosos de Pilares representará os 12 Arautos de Dom Bosco que abre o desfile da Escola
representando o sonho desta Agremiação num mundo melhor baseado no Amor, na Paz, na
Harmonia e na Prosperidade... Que se faça cumprir a Profecia! O Portal está aberto para uma
Nova Era!”
Coreógrafo(s): Oswald Barry.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 9,5

 UNIDOS DO VIRADOURO 
ENREDO: “Os sete pecados capitais”.
CARNAVALESCO(S): Comissão de Carnaval.
Componentes: 15 masculinos (Márcio Moura, Serjão, Silvelir, José Carlos Araújo, Carlos
Pequeno, Fernando, Castilho, Luís Fernando, Eduardo Ville, Petrônio Filho, Edirley, Berguer,
Cláudio, Roberto e Léo).
Nome da fantasia: “As tentações”.
O que representou:  “Representa o próprio espírito do enredo, mostrando as tentações dos
pecados que perturbam o ser humano”.
Coreógrafo(s): Jussara Pádua.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

 IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
ENREDO: “Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, Pernambuco... Quero vê
desce o suco, na pancada do ganzá!”
CARNAVALESCO(S): Rosa Magalhães.
Componentes:  15 masculinos (Falcão, Élio, Valério, Fernando, Edivaldo, Rafael, Igor,
Maurício, Handerson, Ricardo, Luiz, Cosme, Enéas, Claudinei, Jamerson e o suplente Rener).
Nome da fantasia: “Cristãos e mouros”.
O que representou: “Integrados ao Abre-Alas, representam a luta entre cristãos e mouros no
folclore brasileiro”.
Coreógrafo(s): Fabio de Mello.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 
ENREDO: “A seiva da vida”.
CARNAVALESCO(S): Max Lopes.
Componentes: 10 masculinos e 05 femininos.
Nome da fantasia: “Mercadores da alegria”.
O que representou:  Representaram mercadores e mascates de várias regiões do Oriente
Médio. Traziam um tripé quadrado em forma de balcão com os produtos que eram
comercializados, o qual se transformava em tenda de onde surgia D. Zica, a mulher de
Cartola, para homenagear D. Neuma, um dos grandes nomes da Escola, recentemente falecida.
Coreógrafo(s): Carlinhos de Jesus.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

UNIÃO DA ILHA DO GOVERNADOR
ENREDO: “A união faz a força com muita energia”.
CARNAVALESCO(S): Wany Araújo.
Componentes: 15 masculinos.
Nome da fantasia: “Os Sub-Atômicos”.
O que representou: “Tudo no Universo é energia, partindo de um ponto, este ponto de um
pré-ponto, e assim sucessivamente. O princípio de um ponto de partida se é que existiu.” Eram
os elementos da energia não divisíveis”.
Coreógrafo(s): Stelinha Cardoso.
Pontuação: 9,5 – 9,0 – 9,0

ACADÊMICOS DO GRANDE RIO
ENREDO: “Gentileza X – o profeta do fogo”.
CARNAVALESCO(S): Joãozinho Trinta.
Componentes: 14 masculinos.
Nome da fantasia: “O fogo e a busca da espiritualização”.
O que representou: “O enredo da Grande Rio tem o seu principal enfoque na espiritualização
do homem. No ano 2001 abriram-se os portais do III Milênio e iniciou-se a tão esperada ‘Era
de Aquarius’, anunciadora de Paz, Fraternidade e Alegria para o Planeta Terra. Invocamos a
figura do Profeta Gentileza como arauto deste novo advir. Ele surgiu depois que o incêndio de
um circo em Niterói matou 500 (quinhentas) pessoas em 1961. Como Profeta ele pregava a
evolução do homem através da espiritualidade. E a Comissão de Frente do G.R.E.S.
Acadêmicos do Grande Rio traz 7 (sete) homens – astronautas representando a humanidade
que busca, através do avanço tecnológico, uma nova etapa de espiritualização como aconteceu
com todos os astronautas que pousaram na lua. Esses homens são acompanhados de outros 7
(sete) homens que representam o Fogo – o elemento símbolo da transformação. E, desta
harmonia, da Matéria com Espírito, surgirá o homem  dos próximos milênios. A coreografia
produzida pelo Professor Bira revela esta busca que um dia se fará presente na face da terra”.
Coreógrafo(s): Bira xavier.
Pontuação: 10,0 – 10,0 – 10,0

FONTE: Livro "Comissão de Frente: Alegria e Beleza pedem passagem" de Júlio César Farias

Nenhum comentário:

Postar um comentário